(com colaboração de Michelle Motta)
Ah, o Amor!!!
Nesse Dia dos Namorados, vamos
relembrar o momento que os casais principais finalmente se entendem, e como
isso foi adaptado para as telas.
Pront@s para suspirar?
1 – Em Sense and Sensibility não
temos a declaração de fato, que se segue a revelação de o Edward não estava
casado com Lucy Steele, como Elinor acreditava.
“Não é necessário, porém, contar em detalhes
com que presteza ele decidiu tomar aquela resolução, quão rápido viu a
oportunidade de colocá-la em prática, de que maneira se expressou e como foi
recebido. A única coisa importante a dizer é que, quando todos se sentaram à
mesa às quatro horas, cerca de três horas depois de sua chegada, ele já havia
conseguido a mão de sua amada, o consentimento de Mrs.Dashwood, e não apenas
professava o discurso arrebatado do enamorado, como também, na realidade da
razão e da verdade, se considerava o mais feliz dos homens. De fato, sua
alegria era maior do que o comum. Tinha mais do que o triunfo normal do amor
correspondido para fazer transbordar seu coração e elevar seu ânimo.” (Trechos da edição publicada pela Editora
Landmark)
Cena do filme de 1995, com Emma
Thompson e Hugh Grant:
2 – Em Orgulho e Preconceito o nosso
foco será na segunda declaração do Mr. Darcy, encorajado pelo comportamento de
Lizzie frente à abordagem de Lady Catherine de Bourgh.
“- A senhorita é demasiado generosa
para brincar comigo. Se seus sentimentos ainda forem os mesmos que me revelou
em abril, diga-me agora mesmo. Os meus afetos e desejos não mudaram, mas uma
palavra sua me silenciará para sempre.” (Trecho da edição da Editora L&PM)
Cena do filme de 2005, com Keira
Knightley e Matthew Macfayden:
3 – Entre Edmund Betram e Fanny
Price o desenrolar não foi muito romântico, afinal, Edmund acabara de sofre um
a desilusão, e Fanny ser apaixonada pelo primo desde sempre. Mas uma amizade
que se transforma em amor tem o seu valor.
“Faço questão de me abster de datas, ao contar
isso. Cada leitor deve ter a liberdade de fixar suas próprias datas, calculando
para a cura de paixões infelizes, e a mudança de imutáveis afeições; a duração dessas
coisas tem que variar muito, de pessoa para pessoa, de maneira que deixo a cada
um a faculdade de pensar que a modificação sobreveio exatamente no tempo em que
seria natural que ela se operasse; que Edmund, sem uma semana só de
antecedência ao tempo devido, deixou de pensar em Miss Crawford, e começou a
ficar tão ansioso de casar com Fanny quanto a própria Fanny o poderia desejar.” (Trecho da edição da Editora José Olympio)
Cenas do filme de 1999, com Frances O’Connor e
Jonny Lee Miller:
4 – Em Emma, o Sr. Knightley se declara após
perceber que as suas suspeitas de que Emma estaria sofrendo com o anúncio do
compromisso entre Jane Fairfax e Frank Curchill se provarem infundadas.
“- Não sei fazer discursos Emma – ele logo recomeçou,
num tom de sincera, inteligível e decida ternura, tanto quanto podia soar
convincente. – Se eu a amasse menos, seria capaz de falar mais sobre isso.” (Trecho da edição da editora Saraiva de Bolso)
Cena do filme de 1996, com Gwyneth Paltrow
e Jeremy Northam:
5 – Em A Abadia de
Northager, Henry Tilney vai atrás de Catherine Morland para se desculpar quanto
ao comportamento de seu pai, e aproveita a ocasião para se declarar.
“Os dois não haviam
alcançado ainda a propriedade do Sr. Allen, e Henry já se justificara tão bem
que, para Catherine, ele poderia repetir a explicação quantas vezes quisesse. O
afeto de Henry por Catherine se confirmara; e ele pediu para si um coração que,
como talvez ambos soubessem igualmente, já lhe pertencia por inteiro;(...)” (Trecho da edição da Editora
L&PM)
Cena do filme de 2007,
com Felicity Jones e J.J. Feild:
6 - Em Persuasão, a declaração é em formato de
carta, escrita pelo Capitão Wentworth, enquanto escuta Anne Elliot conversar
com o Capitão Harville quanto a constância dos sentimentos de homens e
mulheres.
“Não posso mais ouvir em silêncio. Preciso
falar com você pelos os meios de que disponho neste momento. Você fendeu
minha alma. Sou metade agonia, metade esperança. Não me diga que é tarde
demais, que sentimentos tão preciosos foram-se para sempre. Ofereço-me
para você de novo com um coração muito mais seu do que quando você quase
o despedaçou há oito anos e meio atrás. Não se atreva
a dizer que o homem esquece mais rápido do que a mulher, que seu amor
morre mais cedo. Eu tenho amado somente você, mais ninguém. Injusto posso ter
sido, fraco e ressentido também, mas nunca inconstante. Você, apenas
você trouxe-me para Bath. Faço planos pensando somente em você. Você não
ainda percebeu? Terá você falhado em entender meus desejos? Eu não teria
esperado nem estes dez dias se tivesse podido ler seus sentimentos como eu
penso que você penetrou nos meus. Quase não posso escrever. A todo instante
ouço alguma coisa que me atordoa. Você abaixa sua voz, mas eu posso distinguir
seus tons mesmo quando perdidos em meio aos outros. Boníssima e excelente
criatura! Você nos faz justiça, deveras. Você crê que há afeto verdadeiro
e constância entre os homens. Creia “nisto” mais fervoroso e constante em
F. W.
Devo partir – incerto de minha
sorte –, mas voltarei aqui ou irei para sua festa, assim que possível. Uma
palavra, um olhar, será o suficiente para que eu decida entrar na casa de
seu pai esta noite, ou nunca.” (Tradução feita por
Raquel Sallaberry Brião, e postada no Blog Jane Austen em Português – clique aqui)
Cena do filme de
2008, com Sally Hawkins e Rupert Penry-Jones: