sábado, 18 de julho de 2015

Norwegian Wood - Um livro difícil de descrever

   

  • Título original: Norwegian Wood
  • Título brasileiro: Norwegian Wood
  • Autor: Haruki Murakami
  • Editora: Alfaguara
  • Tradução: Jefferson José Teixeira
  • Número de páginas: 359







Caro leitor, antes de começar a ler esse resenha quero que você dê play nesse áudio do youtube que estou "linkando" logo a baixo.





    Sim isso mesmo! O nome do livro que vou resenhar hoje é o mesmo de uma das músicas dos Beatles! Coincidência?! Claro que não garfanhoto(a)! E vou explicar o porque, então continue lendo!

    Sinopse:Publicado originalmente em 1987 e inédito no Brasil, Norwegian Wood foi o livro que alçou o japonês Haruki Murakami da condição de autor cult à de ícone cultural. Com mais de quatro milhões de cópias vendidas no Japão, é um romance de formação com toques autobiográficos, ambientado na Tóquio do final da década de 1960, que narra a iniciação amorosa do jovem estudante de teatro Toru Watanabe. Comparado a O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger, por sua influência em toda uma geração de jovens leitores, o livro capta com maestria e lirismo a angústia e o desamparo da transição da adolescência à idade adulta. Em 1968, Toru Watanabe acaba de chegar a Tóquio para estudar teatro na universidade, e mora em um alojamento estudantil só para homens. Solitário, dedica seu tempo a identificar e refletir sobre as peculiaridades dos colegas. Um dia, Toru reencontra um rosto de seu passado: Naoko, antiga namorada de seu grande amigo de adolescência Kizuki antes deste cometer suicídio. Marcados por essa tragédia em comum, os dois se aproximam e constroem uma relação delicada onde a fragilidade psicológica de Naoko se torna cada vez mais visível até culminar com sua internação em um sanatório.

    Norwegian Wood é um livro de memórias que nos leva de volta a juventude de Toru Watanabe, um jovem vivendo e estudando numa Tóquio efervescente que passa por constantes movimentos estudantis. Na obra, acompanhamos a vida amorosa de Toru e seu amadurecimento sexual.
    Toru Watanabe é um personagem solitário e do tipo observador, preferindo muito mais assistir a vida do que vivê-la, mas isso começa a mudar quando reencontra Naoko, a antiga namorada de seu melhor amigo de infância. Os dois não se viam desde de os 17 anos, época em que esse amigo se suicidou. Esse reencontro vai gerando aos poucos mudanças em Toru, até ele se revelar apaixonado por Naoko. Neste mesmo tempo ele conhece Midori, uma menina completamente diferente de Naoko, um vento fresco na vida de Toru que é tão agarrado ao passado. Somos apresentadas também a outros personagens que são tão típicos entre nós jovens: O garanhão o nerd, os ativistas, a namorada traída... 
    O núcleo de personagens é pequeno porém muito bem trabalhado. Cada personagem tem uma história e todos elas são bem complexas, mostrando o quanto nosso passado nos molda e que certos eventos não podem ser impedidos por terceiros, se quisermos fazer algo temos que fazer por nós mesmos. 
    Haruki Murakami conseguiu escrever sobre assuntos sérios de forma delicada, deixando claro que ele sabe o que está fazendo (assim como em todo livro que esse homem escreve! Sou fâ dele de carteirinha). Mas é um livro bem denso, o que fez com que eu demorasse mais tempo do que o normal para chegar ao fim. Além de tudo isso o final tem um toque de mestre e humanidade, passamos por sofrimentos ao lado do personagem e descobrimos que todo dia é um dia de recomeço quando tomamos essa decisão. Pra mim,  Murakami escreveu esse livro com a alma e com o coração, um livro que deve ser degustado aos poucos e, como dizem os alemães, "dormir sobre o problema" (pensar bem para se chegar a uma solução). Somos ensinados a não julgar as atitudes, mas pensar o que faríamos naquela situação.
    Agora vamos para a segunda parte da resenha? Dá play no vídeo e daqui à pouco nos falamos de novo!


   
    Sim! Existe um filme made in Japan inspirado no filme! Ele é difícil de encontrar para assistir, mas vale a pena! As atuações ao meu ver foram bem melhores do que eu esperava e as paisagens são incríveis! O diretor conseguiu passar toda a delicadeza em imagem que o Murakami nos passa com palavras. Mas, como toda adaptação para as telonas não é perfeito, senti falta de trechos importantes e achei que o enfoque foi errado, acabando tendo mais cenas sexuais do que necessário (nada muito chocante, são as mesmas cenas que tem no livro, mas por ter encurtado a história ficou parecendo um aglomerado de cenas com conotação sexual).
   Bem, se você está afim de sair da sua "zona de conforto" e tentar um tipo de escrita totalmente diferente da estadunidense, eu super recomendo esse livro assim como qualquer outro do Haruki Murakami (sim, sou tiete dele XD)
    Agora vocês devem estar se perguntando onde a música dos Beatles se encaixa né? Então deem uma lida no livro que tudo vai ser revelado (tão achando que vou dar spoiller, meu povo?)
    Por hoje é só pessoal!!
Até a próxima!!