sábado, 31 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2016



Sim! Mais um ano encerrando, tempo de relembrar o que passamos, do que gostamos, do que não gostamos, do que fizemos, do que deixamos de fazer... E é claro que As Garotas de Pemberley não poderiam ficar de fora dessa reflexão. E o resultado, vocês vão saber agora!

Retrospectiva das Garotas de Pemberley

(o nome da garota que respondeu está ao lado da resposta)

FONTE: laoliphant.com.br
A capa mais bonita:
(Fernanda) - A capa mais bonita sem duvida é a do livro Jackaby de William Ritter, ela me chamou a atenção assim que entrei no estande da editora Única durante a bienal. Sua capa é toda detalhada com tons de azul, preto e um pouco de vermelho e depois de ler o livro percebi que ela combinou perfeitamente com ele.

Capa mais simples:
(Michelle) - Depois Daquela Montanha, Charles Martin.

O maior livro:
(Fernanda) - Com quase 500 páginas o título foi para O Primeiro Último Beijo de Ali Harris e valeu cada uma delas.

O menor livro:
(Josana) - O menor livro que li esse ano foi Os Contos de Beedle, o Bardo, de J.K. Rowling, com apenas 128 páginas, mas que amei o livro no momento em que o tive comigo.

(1) A capa mais simples; (2) O maior livro; (3) O menor livro.

O livro que mais me fez chorar:
(Jesiane) - Eu amei Como eu era antes de você, então decidi ler mais livros da Jojo e achei Um mais um. Não me arrependi. A leitura é fluida e tem uma lição sobre a vida que me levou às lagrimas. Recomendo a todos.

O livro que me fez chorar de rir:
(Josana) - Em alguns momentos de água para elefantes chorei rindo, a história é incrível nos faz chorar de emoção e em alguns momentos por ser engraçada.
(1) O livro que mais me fez chorar; (2) O livro que me fez chorar de rir; (3) O livro favorito de 2016.
O livro favorito do ano:
(Fernanda) - Como sempre, Jojo Moyes me surpreendeu com suas histórias e acabou que um de seus livros ficou como titulo de favorito do ano. O Navio das Noivas é uma história emocionante e envolvente que se passa quase que inteira em um velho porta-aviões que depois de sofrer na guerra tem sua ultima viagem lotado de mulheres em busca de seu futuro. Vale muito a pena ler.

FONTE: blogcademeulivro.blogspot.com.br
Aquele livro que me fez refletir:
(Michelle) - Como eu era antes de você, da Jojo Moyes. Além de me render uma ressaca literária por semanas, me fez refletir muito. Não sobre a questão do suicídio assistido, mas sobre a forma como o mundo enxerga e recebe o deficiente físico - ou não enxerga e não recebe! Me fez refletir e mudar em vários aspectos. Me fez ver que, ainda que eu não possa mudar o mundo todo, posso fazer a diferença no mundo de alguém. Foi isso o que me fez repensar a minha vida e meus objetivos.

O livro mais aguardado do ano:
(Josana) - Harry Potter e a criança amaldiçoada, da J.K. Rowling. Esperei por meses o lançamento dele. Esperava algo novo desde o último filme, em 2011.

Recomendado por um amigo:
(Vanessa) - O livro que li recomendo por uma amiga foi "O lar da senhorita Peregrine para crianças peculiares", de Ransom Riggs, e é realmente incrível, eu adorei a história. Já estou com a continuação, "A cidade dos etéreos", e ansiosa para começar.
(1) O livro mais aguardado; (2) Recomendado por um amigo; (3) Livro que ganhei de presente.
Um livro que ganhei de presente:
(Josana) - Vida e Morte: Crepúsculo Reimaginado, da Stephenie Meyer. Já o desejava desde antes do lançamento! Crepúsculo foi a série que me fez entrar no mundo da literatura e não parar mais de ler.

O primeiro livro lido em 2016:
(Aline) - Uma noite para se entregar, da Tessa Dare (Spindle Cove #1). Na verdade esse é um chute, pois não faço a menor ideia de qual foi o primeiro livro que li. Mas como li os primeiros livros dessa série em janeiro vai ficar sendo esse. Imaginem um balneário pacato onde moças que não estão preparadas para a temporada, ou que se estão envolvidas em algum escândalo, podem passar um tempo tranquilas. Agora imaginem um militar que para recuperar seu prestígio precisa estabelecer uma milícia na região. Para ver o resultado disso, só lendo essa série que é uma das minhas preferidas entre os romances de época. 

O último livro lido em 2016:
(Vanessa) - Depois de você, de Jojo Moyes. Eu li "Como eu era antes de você" no início do ano, e esperei isso tudo para saber a continuação [risos]. Mas confesso que valeu a pena, gostei muito dos dois.

Um livro lido em grupo:
(Jesiane) - O Iluminado, do Stephen King, para mim é um dos melhores livros de terror de todos os tempos. Sou suspeita pra falar porque amo esse autor. Ele tem um jeito único de causar medo e desejo de saber como termina a história, e quando o livro acaba, você fica pensando na história durante dias.
(1) O último livro lido em 2016; (2) Livro lido em grupo; (3) Livro que abandonei.
Um livro que abandonei:
(Vanessa) - O Fantasma da Ópera, Gaston Leroux. Mas não foi porque não gostei nem nada, mas como sempre leio mais de um ao mesmo tempo acabei deixando de lado, mas pretendo retomar em breve.

Um livro que eu li e assisti a adaptação:
(Michelle) - Garota Exemplar, da Gillian Flynn. Um livro muito marcante pra mim, que tive uma ressaca literária imensa, e fiqueicom medo de assistir ao filme. Medo de me decepcionar, de estragarem uma obra tão perfeita. Mas depois que vi o filme, constatei que foi o filme mais fiel ao livro que já vi. Recomendo ambos!

Um livro que reli:
(Aline) - No Mundo da Luna, da Carina Rissi. Nada como uma boa releitura para se recuperar de uma ressaca literária. Toda vez que ando sem vontade de ler nada eu releio algum livro que gostei bastante, em especial algum chick lit. Nesse final de ano bateu uma bad e as confusões da Luna foram fundamentais para dar um gás nas minhas leituras nessa reta final.

Virei a noite lendo:
(Aline) - Vampire Academy é uma fantasia urbana sobre vampiros. As protagonistas são Rose Hathaway e sua melhor amiga, Lissa Dragomir. Lissa é a única sobrevivente de sua família, que faz parte da realeza dos vampiros, os Moroi (vampiros que não matam), e Rose é uma Dampira (meio humana, meio vampira) que está em formação para ser a guardiã de Lissa. As duas fugiram do colégio São Vladmir porque alguém está atrás de Lissa, mas depois de dois anos são encontradas por Dimitri, um exímio guardião, que passa a treinar Rose. Lissa ainda não revelou os poderes mágicos relacionados a um dos quatro elementos, mas isso não quer dizer que ela não consiga fazer magia. Os Dampiros protegem os Moroi dos Strogoi (extremamente letais). A série mistura seres sobrenaturais, discussão política, intrigas adolescentes, uma protagonista bem fodona e dois mocinhos apaixonantes (Dimitri e Adrian crushs supremos). Tanto que fiquei obcecada e li os três primeiros livros (O Beijo das Sombras, Aura Negra e Tocada pelas Sombras) em uma semana, e fiquei em uma ressaca daquelas. Em 2017 concluirei a leitura.

(1) Livro que reli; (2) Virei a noite lendo; (3) Para ler antes de dormir.
Um livro para ler antes de dormir:
(Fernanda) - O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias, do Tim Burton, são pequenos poemas gostosos de ler e apreciar antes de dormir. Não posso esquecer de comentar das ilustrações que são lindas e dão asas a imaginação e bons sonhos

Um livro que consegui o autógrafo do autor:
(Aline) - A Droga da Amizade, Pedro Bandeira. Em um ano de duas bienais foi difícil escolher um autógrafo, mas esse é especial. Afinal Pedro Bandeira e a série Os Karas marcaram minha adolescência. Nesse caso, conhecer o meu ídolo valeu muito a pena.

Um livro que li uma vez para nunca mais:
(Jesiane) - Um Estranho no Ninho, de Ken Kesey. Um livro que mexeu muito comigo. Eu comprei e levei uns dois anos pra ler, no mínimo. Fala sobre liberdade, loucura, razão, humanidade. Não é um livro pra ser lido de ânimos leves. Precisa ter certa paciência para ser capaz de ver a esperança e angústia que o livro traz.

Um livro digno de uma adaptação:
(Vanessa) - Para mim os livros que são dignos de adaptação é os que ainda não foram de As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis. São eles: O sobrinho do mago, O cavalo e seu menino e A última batalha. Não coloquei A cadeira de prata aqui pois a adaptação sai em 2017 [segura coração]. Nárnia é um dos meus livros favoritos, e aguardo ansiosamente por mais adaptações.
(1) Uma vez para nunca mais; (2) Digno de uma adaptação; (3) Dei para um amigo
Dei para um amigo:
(Josana) - Dei de presente, no amigo secreto das Garotas de Pemberley, para a Mih o livro Segredos de uma noite de verão, da Lisa Kleypas. Me apaixonei pela sinopse dele.

Estilo literário mais lido:
(Michelle) - Ah, que pergunta! Romance de Época, claro! Hahaha

Estilo Literário que menos li (ou não li):
(Aline) - Romances policiais, thrillers, mistério. Esse é um dos gêneros literários que eu mais gosto, mas esse ano foi bem amorzinho por aqui. Eu só li A Garota no Trem, da Paula Hawkins, que é um livro muito bom. Também li "Tamanho 42 e pronta para arrasar", da Meg Cabot, e Cabeças de Ferro, da Carol Sabar, que foram bem divertidos. 


Comprei pela capa (e não me arrependi):
(Jesiane) - O cavaleiro dos 7 reinos,  de George R. R. Martin. Sou muito fã dos livros das Crônicas de Gelo e do Fogo, sendo assim, quando vi a capa desse livros, eu tive que comprar. São historias que antecedem a das narrativas dos 5 livros mais famosos e a leitura me lembrou muito Tolkien. São histórias mais leves que falam de lealdade e bravura.

Um autor que me conquistou:
(Michelle) - Não tem como falar de um só. Na verdade, como fã de carteirinha de Romances de época, descobri e me apaixonei pela Sarah MacLean. Li a série do Clube dos Canalhas e depois a série dos Números do Amor. E também não posso esquecer o primeiro contato que tive com Nora Roberts, com o Quarteto Noivas, que também me fez me apaixonar perdidamente! Mas tem uma escritora, na verdade, me conquistou antes mesmo de eu ler. Como fã de Jane Austen, Jo Baker foi perfeita! Uma fã perfeita, uma escritora perfeita, uma pesquisadora perfeita. Simplesmente amei As Sombras de Longbourn, me senti lendo a própria Austen!

Livros Lidos em 2016:
- Esse ano foi bastante controverso, algumas alcançaram suas metas, algumas as ultrapassaram, e outras ficaram um pouco para trás. Dessa vez não tem como fazer uma média. Mas o importante é ter sempre um livro na bolsa, que é a melhor companhia para qualquer situação!

Meta de Leitura para 2017:
- Sempre estipulamos um número próximo a 52, que equivale a 1 livro lido por semana. É uma boa maneira de começar. Mas quem sabe ao alcançarmos a meta, nós não podemos dobrar a meta, hein?! rsrsrs'

Queremos aproveitar e fazer um agradecimento especial às editoras D'Plácido, Pedrazul, Arqueiro e Sextante, que confiaram em nós e nos incentivaram esse ano. Foi nossa primeira experiência com parcerias literárias com editoras, estamos engatinhando ainda, e mesmo assim essas editoras lindas confiaram na nossa capacidade. Esperamos ter atingido as expectativas que depositaram em nós, e que mantenhamos essas parcerias por quanto tempo nos for permitido! Muito Obrigada!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

[RESENHA] Escândalo de Cetim - Loretta Chase

Título no Brasil: Escândalo de Cetim
Título Original: Scandal Wears Satin
Série: As Modistas - volume 2
Autora: Loretta Chase
Editora: Arqueiro
Tradução: Simone Reisner
Páginas: 272
Sinopse: Irmã do meio entre as três proprietárias de um refinado ateliê de Londres, Sophia Noirot tem um talento inato para desenhar chapéus luxuosos e um dom notável para planos infalíveis. A loura de olhos azuis e jeito inocente é na verdade uma raposa, capaz de vender areia a beduínos. Assim, quando a ingênua lady Clara Fairfax, a cliente mais importante da Maison Noirot, é seduzida por um lorde mal-intencionado diante de toda a alta sociedade londrina, Sophia é a pessoa mais indicada para reverter a situação.

Nessa tarefa, ela terá o auxílio do irmão cabeça-dura de lady Clara, o conde de Longmore. Alto, musculoso e sem um pingo de sutileza, Longmore não poderia ser mais diferente de Sophia. Se a jovem modista ilude as damas para conseguir vesti-las, ele as seduz com o intuito de despi-las. Unidos para salvar lady Clara da desonra, esses charmosos trapaceiros podem dar início a uma escandalosa história de amor... se sobreviverem um ao outro.

Em Escândalo de Cetim, segundo livro da série As Modistas, Loretta Chase nos presenteia com um dos casais mais deliciosos já descritos. Além de terem uma inegável química, Sophia e Longmore são divertidos como o rodopiar de uma valsa e sensuais como um corpete bem desenhado.


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FONTE: http://www.mademoisellelovesbooks.com/
Na sequência de Sedução de Seda, Loretta Chase trás personagens já conhecidos por nós. As irmãs Noirot, já recuperadas soa escândalos e do incêndio em sua loja, e em pleno funcionamento, e Lady Clara e família, cuja mãe declarou guerra às Noirot desde que Marcelline “roubou” o noivo da filha. Bem, ate aí nós já sabíamos. Lady Clara retorna para os bailes como uma jovem solteira, em posse de um Senhor-Belo-Generoso dote, e a atenção de Marcelline, Sophia e Leonie se volta mais uma vez para essa jóia recém lapidada: a esperança para a loja é que Clara se case com um homem rico, para que a jovem possa continuar a ser uma das melhores clientes das irmãs. Mas não são apenas as Noirot que estão “de olho” em Clara. 

Clara se vê numa situação delicada quando foi seduzida por um lorde mal intencionado que precisava de uma noiva com um bom dote. É então obrigada a noivar com o rapaz, para desespero das irmãs Noirot. E então, entra em cena Sophia Noirot, uma gênia! Sophia é responsável por seduzir novas clientes, e em outro expediente trabalha como espiã de um jornal de grande circulação, onde ela aproveita para dedicar uma atenção especial às criações da loja, utilizando muitos adjetivos! Sophia se une ao irmão de Clara, o conde de Longmore, para salvar a jovem de seus infortúnios.

Sophia e Harry, o conde de Longmore, se envolvem em uma série de cenas engraçadas, e a história segue um enredo leve, divertido e delicioso. Longmore não é nenhum santo, e é rapidamente atraído por Sophia. Sophia também é muito consciente do porte e beleza de Harry, e também acaba atraída por ele. A luta entre a razão e o desejo, entre o foco e a paixão, entre o desespero por Clara e o desespero de um pelo outro, são o foco do livro. São personalidades muito diferentes, Sophia muito racional, Harry não consegue pensar em várias coisas ao mesmo tempo, e isso deixa a história hilária. Com certeza um dos meus casais favoritos!

O que mais gostei nesse casal é que ambos são muito diretos. Não existem joguinhos, drama, nem nada do gênero, eles vão sempre direto ao ponto. Longmore admira Sophia, sua garra, sua saga, suas criações, sua inteligência, sua personalidade, enquanto Sophia aprende a admirar Harry além de sua beleza, mas também seu coração, sua sensibilidade, seu amor. Eles precisam um do outro para resolver seus problemas, e Harry se diverte com as peripécias de Sophia - e também quase enlouquece!


Não me surpreende que mais uma criação de Loretta Chase seja tão maravilhosa. A autora que me cativou com O Príncipe dos Canalhas, O Último dos Canalhas, e em Sedução de Seda, agora vem arrebentando em Escândalo de Cetim, sem pedir licença! Perspicaz, inteligente, sutil, bem humorada... Loretta tem uma narrativa única, que consegue prender o leitor do início ao final, e nos faz chorar quando acaba. Recomendo, dou 5 estrelas com certeza, e já estou mega ansiosa pelos próximos livros da série.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O Primeiro Último Beijo

Título no Brasil: O Primeiro Último Beijo
Título Original: The First Last Kiss
Autor: Ali Harris
Tradução: Sandra Martha Dolinsky
Editora: Verus
Páginas: 448
Sinopse:O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…
Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade.

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O Primeiro último Beijo é um daqueles livros que te prendem logo na primeira página, ele conta a historia de Molly- a menina rebelde e perdida- e Ryan- o garoto bonito e popular. Ok, parece um pouco clichê, mas o livro traz um toque super-realista para esse romance.

Ryan e Molly se conhecem na época da escola onde nunca foram grandes amigos, muito pelo contrario viviam tendo pequenas brigas e desentendimentos. Porém o destino deles parecia estar ligado de alguma forma e conforme eles iam crescendo e tendo suas próprias vidas -separados um do outro- algumas situação fazia eles se encontrarem da forma mais inesperada.

O livro não conta esse romance de forma linear, ele apresenta trechos da vida deles que são mostrados de formas aleatórias, mas que no final fazem todo o sentido, cada capitulo é identificado pelo dia do acontecimento e durante a leitura você navega pelo passado e presente dos protagonistas. Talvez se ele fosse escrito de outra forma não ia ser tão impactante e bonita a historia, e nem vou comentar do final que foi o mais inesperado para mim.


A narrativa é extremamente envolvente e mostra como o amor não é perfeito em um todo, mas é prefeito para aqueles que o vivem e o sentem, e , durante todo o livro você consegue sentir e viver junto com os protagonistas esse amor e mergulhar na vida deles de uma forma muito clara e gostosa, fica impossível não se apaixonar por eles e pelo romance deles.

E o que eu mais amei no livro são os capítulos - que estão entre cada parte da história- onde são descritos os vários beijos- o primeiro beijo, o beijo de despedida, o beijo de celebração, o beijo incontrolável e muitos outros tipos de beijos ( eu nem sabia que tinha tantos).


A autora Ali Harris conseguiu fazer um livro tão lindo e reflexivo que é impossível não amar e não pensar em quantos beijos deixamos passar em nossas vidas por puro capricho ou medo de arriscar. Para vocês entenderem o que estou falando só lendo mesmo e se emocionando com cada página e cada trecho.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Maratona Jane Austen Day na Netflix

Quer programa melhor para esse fim de semana cinzento (pelo menos aqui na região sudeste está assim) do que assistir os filmes inspirados ou relacionados na obra da Jane Austen? No momento a Netflix está com seis filmes assim. Aperte o play e binge-watching!!!


1 - Emma (1996)


A jovem e agradável Emma Woodhouse (Gwyneth Paltrow) adora cuidar dos problemas de outras pessoas. Ela se dedica incessantemente a unir homens e mulheres que na teoria tem tudo para dar errado. Apesar de lidar corriqueiramente com o romance, Emma é confusa em relação aos seus sentimentos, sobretudo os que envolvem o Sr. Knightley (Jeremy Northam). (Ganhador do Oscar 1997 de Melhor Trilha Sonora Original. Filme com um elenco simpático e meu Mr. Knightley favorito!!!)








2 - Palácio das Ilusões (1999)


Aos 12 anos de idade a jovem Fanny passa a morar de favor em Mansfield Park, a casa do esposo de sua tia, Sir Thomas Bertram (Harold Pinter). Inteligente e estudiosa, ela logo se torna amiga de seu primo Edmund (Jonny Lee Miller), o filho mais novo de seus tios, apesar de ser sempre destratada por seu tio e pelas suas primas fúteis. Com o passar do tempo Fanny se torna uma bela mulher, que acaba chamando a atenção de Henry Crawford (Alessandro Nivola), jovem que se tornou recentemente seu vizinho juntamente com sua irmã, Mary (Embeth Davidz). Notando o interesse de Henry por Fanny, os tios dela logo promovem um encontro entre os dois para logo depois se sentirem revoltados com o desprezo que a jovem demonstra pelo seu novo vizinho. (De onde tiraram esse título em português é uma questão que nunca entenderei. Jonny Lee Miller também foi protagonista de outra adaptação de Jane Austen, a minissérie Emma, 2008).


3 - Noiva e Preconceito (2004)


Na cidade de Amritsar, na Índia, a sra. Bakshi (Nadira Babbar) luta para encontrar bons partidos para suas quatro lindas filhas. Porém tudo vai por água abaixo quando Lalita (Aishwarya Rai), a segunda mais velha, decide escolher seu noivo. Do encontro com o magnata americano William Darcy (Martin Henderson) surge uma relação de amor e ódio. Lalita fica furiosa com o preconceito e a falta de respeito que William demonstra em relação à Índia, enquanto ele fica exasperado com as reclamações da moça, que o considera um americano mimado. Em meio a tantos atritos, nasce uma atração irresistível. (E não é que Jane Austen e Bollywood deu uma mistura interessante e divertida?) Resenha aqui.




4 - Orgulho e Preconceito (2005)


Inglaterra, 1797. As cinco irmãs Bennet - Elizabeth (Keira Knightley), Jane (Rosamund Pike), Lydia (Jena Malone), Mary (Talulah Riley) e Kitty (Carey Mulligan) - foram criadas por uma mãe (Brenda Blethyn) que tinha fixação em lhes encontrar maridos que garantissem seu futuro. Porém Elizabeth deseja ter uma vida mais ampla do que apenas se dedicar ao marido, sendo apoiada pelo pai (Donald Sutherland). Quando o sr. Bingley (Simon Woods), um solteiro rico, passa a morar em uma mansão vizinha, as irmãs logo ficam agitadas. Jane logo parece que conquistará o coração do novo vizinho, enquanto que Elizabeth conhece o bonito e esnobe sr. Darcy (Matthew Macfadyen). Os encontros entre Elizabeth e Darcy passam a ser cada vez mais constantes, apesar deles sempre discutirem. (Emma Thompson, Elinor Dashwood em Razão e Sensibilidade 1995 participou do roteiro, apesar de não ter sido creditada. Keira Knightley foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo papel e o diretor Joe Wright ganhou o Bafta de Melhor Revelação em 2006. Meu primeiro contato real com Jane Austen, há 8 anos. Já sei o filme de cor!!!). Resenha aqui.


5 - Amor e Inocência (2007)


1795. Jane Austen (Anne Hathaway) tem 20 anos e começa a se destacar como uma escritora. Enquanto ela está mais interessada em desvendar o mundo, seus pais querem que ela logo se case com um homem rico, que possa assegurar seu status perante a sociedade. O principal candidato é o sr. Wisley (Laurence Fox), neto da aristocrata Lady Gresham (Maggie Smith), mas Jane se interessa é pelo malandro Tom Lefroy (James McAvoy), cuja inteligência e arrogância a provocam. (Cinebiografia fofinha, a gente fica com a aquela sensação “bem que Jane merecia um romance como os que escreveu”. James MacAvoy <3). Resenha aqui.




6 - Austenlândia (2013)


Com mais de 30 anos de idade, Jane Hayes (Keri Russell) não consegue encontrar um namorado, porque nenhum homem lhe parece à altura de seu grande ídolo: o Sr. Darcy, personagem criado por Jane Austen no romance Orgulho e Preconceito. Um dia, ela decide gastar todas as suas economias e voar ao Reino Unido, onde existe um resort especializado em acolher as mulheres apaixonadas pelas histórias de Austen. Lá, ela descobre que o homem do seus sonhos pode se tornar uma realidade. (Baseado no livro de mesmo nome da escritora Shannon Hale. J.J. Feild, no filme Mr. Henry Nobley, um dos atores do resort, interpretou um mocinho Austen em Northanger Abbey, 2007, onde fez Mr. Henry Nobley. Austenlândia é garantia de boas gargalhadas.)

Sinopses - Fonte: Adoro Cinema

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Harry Potter e a criança amaldiçoada

Sinopse:
Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.

Titulo Original: Harry Potter and the cursed child
Editora: Rocco
Ano: 2016
Edição: 1ª 
Páginas: 352
Autor:  J.K Rowling ; John Tiffany e Jack Thorne







Voltar ao universo de Harry Potter depois de anos foi maravilhoso, aguardava por um livro novo desde que li o último livro e fiquei com um vazio, Harry Potter fez parte da minha infância e adolescência. 
O livro nos trás a história 19 anos depois, com rápidas passagem de tempo, nos envolvemos com o livro facilmente, no início estranhei um pouco a escrita, por ser uma peça teatral, logo me acostumei, parecia que conhecia os personagens desde criança. Ele prende o leitor do inicio ao fim, nos emocionando com sua história, me fez ficar até tarde acordada lendo, ainda assim acordar cedo no outro dia pra continuar, quando terminei senti que uma parte de mim tava faltando, onde tava a história, porque ja tinha acabado.
 Um livro surpreendente do inicio ao fim, nos mostra que as trevas podem estar em quem menos imaginamos, o perigo de mexer com o curso natural da vida e as consequências que podem vir a ser devastadoras para todos, não é apenas uma vida, são várias, mexer com o tempo pode ser irreparável, nos mostra que mesmo mudando o passado algumas coisas não vão mudar. Me encantei, chorei com o livro, ficou aquela sensação de quero mais.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O livro sobre um livro - Uma história de respeito

Olá, pessoinhas de Pemberley! Hoje venho falar pra vocês de um livro que ganhei no amigo secreto das Garotas de Pemberley do ano passado, mas só tive a oportunidade de ler agora em novembro. A obra se chama As Memórias do Livro e a autora é a premiada Geraldine Brooks. Sim, amigos, o livro é sobre a história de um livro, mais precisamente, o Manuscrito de Sarajevo.

A história começa falando de Hanna, uma restauradora de livros antigos chegando a cidade de Sarajevo, na Bósnia, onde uma antiga e raríssima Hagadá foi encontrada e precisavam que ela a analisasse. Uma hagadá é um livro que narra a saída do povo judeu do Egito e que é recitada na primeira noite da Páscoa judaica. Esse manuscrito em questão foi escrito em hebraico na Espanha medieval e muito adornado, isso em uma época que o Judaísmo condenava todo tipo de ilustrações.

Durante a narrativa, a autora descreve o trabalho de Hanna e também suas descobertas pessoais enquanto estuda a Hagadá, como por exemplo, quem é o seu pai. Mas muito além da vida de Hanna, o livro foca na trajetória que o livro percorreu durante séculos até ser salvo por um jovem muçulmano nos anos de 1990. Algo muito interessante é que apesar de o livro ter valor religioso e os conflitos entre cristãos, muçulmanos e judeus datarem de séculos atrás, a Hagadá só não foi destruída diversas vezes por causa de cristãos e muçulmanos, trazendo nas entrelinhas da narrativa uma mensagem de tolerância e respeito pela crença do outro.

A Hagadá de Sarajevo
Dessa forma, podemos conhecer personagens muito interessantes e bem construídos: Uma jovem judia, fugindo dos exércitos de Hitler e abrigada por um casal muçulmano que ajudou a esconder o manuscrito; um rabino viciado em jogos de baralho que convenceu um padre inquisitor alcoólatra a assinar o livro em Veneza no ano de 1609, deixando-o livre das garras da Igreja Católica; um médico adultero de Viena, em 1894, que tratava um dos restauradores da hagadá, já que este sofria de uma doença venérea;  o homem que escreveu a hagadá e sua família, em 1492 durante a expulsão dos judeus da Península Ibérica e também a pessoa que fez as ilustrações em 1480 que, aliás, foi uma grande surpresa pra mim. 
Além de ficar presa na narrativa que a cada momento tem uma grande reviravolta, o livro também nos proporciona a oportunidade de aprender sobre a história da Europa e dos hebreus. Claro que mesmo o livro existindo, a maioria dos acontecimento narrados são ficcionais, apenas encaixados na história, já outros são deduções dos estudiosos da obra, sem nenhuma prova de que realmente aconteceram. As Memórias do Livro é emocionante, envolvente, bem escrito e muito lindo, vale a pena dar uma chance.

Ficha Técnica:
Título: As Memória do Livro: Romance sobre o Manuscrito de Sarajevo
Título Original: People of the Book
Ano: 2012
Editora: Agir 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

[RESENHA] Depois Daquela Montanha - Charles Martin

Título Original: The Mountain Between Us
Título no Brasil: Depois Daquela Montanha
Autor: Charles Martin
Editora: Arqueiro
Tradução: Vera Ribeiro
Páginas: 304
Sinopse: O Dr. Ben Payne acordou na neve. Flocos sobre os cílios. Vento cortante na pele. Dor aguda nas costelas toda vez que respirava fundo.
Teve flashes do que havia acontecido. Luzes piscavam no painel do avião. Ele estava conversando com o piloto. O piloto. Ataque cardíaco, sem dúvida.
Mas havia uma mulher também – Ashley, ele se lembra. Encontrou-a. Ombro deslocado. Perna quebrada.
Agora eles estão sozinhos, isolados a quase 3.500 metros de altitude, numa extensa área de floresta coberta por quilômetros de neve. Como sair dali e, ainda mais complicado, como tirar Ashley daquele lugar sem agravar seu estado? À medida que os dias passam, porém, vai ficando claro que, se Ben cuida das feridas físicas de Ashley, é ela quem revigora o coração dele. Cada vez mais um se torna o grande apoio e a maior motivação do outro. E, se há dúvidas de que possam sobreviver, uma certeza eles têm: nada jamais será igual em suas vidas.
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       Acho que essa é a resenha mais difícil que já escrevi. Os últimos acontecimentos noticiados me deixaram um pouco abalada a cerca de acidentes aéreos, então pensei em começar falando mal. Dizendo que leitura é meio parada, enfim, que não me prendeu. Mas não quero começar assim. Pensei em começar abordando os personagens, que são totalmente humanos, com histórias humanas. Mas também achei muito aquém do que li. Então, vou falar do que eu li.

       A síntese do amor mais profundo, foi isso o que eu li. Do amor Homem-Mulher, aquele que surge da paixão e vai fincando raízes cada vez mais profundas, ate onde nada mais alcança. Daquele que apaga qualquer resquício de mágoa, rancor, incredulidade, desesperança. Um amor que eu nunca senti, e nem sei se é pra todos. Um amor que abraça e aquece, que cola todos os cacos. E ah... os cacos.
       Um homem em cacos. Esse é Ben Payne, nosso protagonista. Um homem com uma história dolorida, que o quebrava dia a dia, e que um dia conhece o amor que cola todos os cacos, tornando-o numa peça só. Esse amor o faz ser quem é, molda seu caráter, delineia sua história. Mas um dia esse amor o quebra, e novamente ele se torna um monte de cacos.

       Do mesmo lado dessa montanha temos Ashley, uma mulher que também já sofreu decepções, mas que, como eu, nunca conheceu esse amor. Eles topam um com o outro e são atraídos: ele por seu senso de humor; ela por seu amor.
       Unidos pela fatalidade do acidente e perdidos em meio a um deserto gelado, Ben e Ashley devem vencer suas barreiras, suas montanhas intransponíveis, deixar de olhar o passado e viver um passo após o outro. A montanha se mostra transponível aos poucos, e eles passam a observar que a companhia um do outro é o que os mantém vivos. Os problemas inimagináveis vão sendo resolvidos um a um, e a dependência que criam um do outro se torna maior que tudo. Sozinhos, nenhum dos dois sairia daquela montanha, mas o que há depois dela é o que os motiva a prosseguir.

       No início a leitura não me levou de forma leve. Parecia arrastado, me sentia presa à montanha com eles, onde nada anda, nada acontece. Mas depois, os movimentos dos personagens tornam o livro mais dinâmico. O suspense é sempre presente, e não sabemos o que há depois daquela montanha. Eles podem estar caminhando para a salvação, mas também podem estar indo em direção ao nada. O presente, a situação decadente em que se encontram, se mistura às lembranças do passado de Ben e de seu amor: durante todo o tempo Ben 'conversou' com sua esposa através de um gravador, contando tanto os seus medos presentes quanto suas boas lembranças da história dos dois, na esperança de poder retornar e entregar o gravador e seus pensamentos a ela. Uma história muito atual. Talvez seja por isso que demorei a entrar na história: estou mau acostumada depois de tantos romances de época!

       Pude notar que o autor não delirou ao descrever personagens perfeitos. Ben é um médico relativamente bem sucedido, casado, com 2 filhos, porém se mostra bastante misterioso, com alguns conhecimentos rasos, a outros profundos. Ashley é uma jornalista bem sucedida, noiva às vésperas de seu casamento com um homem bom, mas que tem consciência de que não o ama. O acidente mostra o melhor e o pior lado de ambos, pessoas reais, personalidades reais, problemas reais. Depilação que atrasa, cheiro ruim após vários dias perdidos, dor física depois de um sério acidente, fome 24h por dia, a perda da noção do tempo.

       A história não acaba na montanha. Ambos são levados à história um do outro, às montanhas um do outro, começam a dividir, compartilhar e multiplicar. Voltar é uma incógnita ainda maior do que como voltar. Depois daquela montanha existe mais história, existe um futuro que ninguém conhece, e que deve ser escrito como uma grande caminhada rumo ao desconhecido: um passo de cada vez, olho no presente, cabeça no futuro.

       Este livro mostrou que 'depois daquela montanha' existe Esperança!

Publicado em mais de dez países, Depois daquela montanha chegará às telas de cinema em 2017, com Kate Winslet (de Titanic) e Idris Elba (de Mandela) escalados para os papéis principais de uma história que vai reafirmar sua crença na vida e no poder do amor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Claros Sinais de Loucura

Título Original: Sure Signs of Crazy
Título no Brasil: Claros Sinais de Loucura
Autora:Karen Harrington
Tradução:Edmundo Barreiros
Editora:Intrínseca
Páginas: 254
Sinopse:
Você nunca conheceu ninguém como Sarah Nelson. Enquanto a maioria dos amigos adora Harry Potter, ela passa o tempo escrevendo cartas para Atticus Finch, o advogado de O sol é para todos. Coleciona palavras-problema em um diário, tem uma planta como melhor amiga e vive tentando achar em si mesma sinais de que está ficando louca. Não é à toa: a mãe tentou afogá-la e ao irmão quando eles tinham apenas dois anos, e desde então mora em uma instituição psiquiátrica. O pai, professor, tornou-se alcoólatra.
Fugindo da notoriedade do crime, ele e Sarah já se mudaram de diversas cidades, e a menina jamais se sentiu em casa em nenhuma delas. Com a chegada do verão em que completa doze anos, ela está cada vez mais apreensiva. Sente falta de um pai mais presente e das experiências que não viveu com a mãe, já se acha grande demais para passar as férias na casa dos avós, está preocupada com a árvore genealógica que fará na escola e ansiosa pelo primeiro beijo de língua que ainda não aconteceu.
Mas a vida não pode ser só de preocupações, e, entre uma descoberta e outra, Sarah vai perceber que seu verão tem tudo para ser muito mais. Bem como seu futuro.

--x--

Sarah Uma pré-adolescente que vive procurando sinais de loucura nela mesma, o motivo sua mãe que vive em um hospital psiquiátrico desde matar um filho ( o irmão gêmeo de Sarah) e de tentar matar a própria Sarah com apenas dois anos. Seu pai, um alcoólatra, não ajuda muito a jovem protagonista a superar seus traumas e receios da idade, e no caso de Sarah esses medos são muito maiores do que o normal. Ela e o pai vivem se mudando em uma tentativa de fugir da repercussão que o caso de assassinato na família ainda tinha e por esse motivo Sarah não tinha nenhum outro amigo além da sua planta.

Com um enredo envolvente e bem incomum, nos envolvemos com a história da jovem Sarah que no verão do seu aniversario de 12 anos se vê com mais problemas do que qualquer outra garota de sua idade. O temido trabalho sobre sua árvore genealogia, o primeiro beijo, a falta de amigos, as férias na casa dos avós, as palavras problemas- que ela anota no diário para evitar usá-las novamente- e seus sinais de loucura são alguns dos problemas que Sarah narra de uma forma muito divertida.

O livro possui uma leitura super fácil e gostosa, mas nem por isso sua história é simples e massante , muito pelo contrario, ela é bem complexa e detalhada. A vida de Sarah, apesar de ser bem diferente da vivida por muitas jovens de sua idade, mostra muito claramente os medos e inseguranças que vivemos nessa transição da vida de criança para a adolescência.

Um ponto que amei no livro é as cartas que a personagem escreve para Atticus Finch, personagem do clássico O sol é para todos, onde ela conta sua história e seus problemas para ele de uma forma muito divertida e bem humorada. Também não posso deixar de citar as palavras problemas que Sarah se vê obrigada a buscar seus significados, que foi algo que me fez amar ainda mais o livro, pois quantas vezes usamos palavras sem sabermos seus verdadeiros significados de origem? E na vida de Sarah isso pode se tornar um grande problema.


Karen Harrington conseguiu criar uma narrativa leve, divertida e muito gostosa de ler. Eu amei cada página do livro e me diverti muito e também fiquei comovida com as tragedias da vida da pequena e louca Sarah.  Recomendo muito esse livro.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Lynn e a Irmandade do Esmeralda



Título: Lynn e a Irmandade do Esmeralda

Autor: Pedro Ivo Oliveira

Editora: D’Plácido

Páginas: 424

Sinopse: Quando o melhor amigo de Lynn, Cigano, alega ter encontrado um mapa elaborado pelo próprio Barba Dourada, seus companheiros imaginam se tratar apenas de uma desculpa para se aventurarem na ilha onde o lendário capitão pirata supostamente escondeu seu tesouro séculos atrás. O que o grupo de adolescentes não sabe é que o lugar para o qual se dirigem é protegido por um ancestral Deus da Morte e sua misteriosa maldição, e que a sobrevivência de cada um deles dependerá do quão forte forem seus laços de amizade. Enquanto isso o mago Morgan viaja através da Europa em uma tentativa desesperada de colocar em marcha diversos eventos necessários para a improvável salvação da humanidade.



Olá pessoal! Sentiram a minha falta? Hoje eu estou aqui para falar do primeiro livro que leio de Pedro Ivo Oliveira e que fiquei feliz em saber que é o primeiro de uma saga.

Como vocês já puderam perceber na sinopse da editora Lynn e a Irmandade do Esmeralda é uma aventura entre amigos que resolvem ir atrás de um tesouro perdido numa ilha cercada por elementos fantásticos. Vamos falar sobre os personagens que acompanhamos nessa aventura?

O primeiro que temos que falar é sobre Lynn, o garoto com um grande destino pela frente. Ele é filho de Éfiro e sua esposa que morreram no dia que seu filho nasceu (isso não é spoiler povo! No primeiro capítulo do livro conhecemos essa tragédia) e é adotado por um casal e vivem em uma pequena vila da Inglaterra. Agora você me pergunta quem é Éfiro e qual a importância dos pais de Lynn para a história toda? É só você lembrar da familiar Potter (esse sobrenome é familiar?).

No livro também conhecemos Cigano (o melhor amigo), Gibbs (responsável por cuidar de sua mãe doente), Joe (o nerd do grupo), e Touro (consegue adivinhar o porque desse apelido? Isso mesmo! Devido a sua força física!). Temos também Morgan (o mago) que é quase o mentor do nosso querido Lynn.

Além disso, a história é narrada por um tio ao seu sobrinho. Aí você me pergunta: que tio? Que sobrinho? Também quero saber (devemos encher a caixa de correio do Pedro para ele enfim liberar a informação?)... Mas o mais interessante dessa narrativa é que muitas vezes temos a impressão de que nós somos o sobrinho.

Para terminar quero falar só de uma coisa que me incomodou um pouco os excessos de adjetivos.... Achei que em alguns momentos era desnecessário o uso deles, mas eu sou uma mera leitora não é mesmo?



Para finalizar quero dizer que se você é fã de uma aventura, leu e gostou de aventuras como senhor dos anéis. Gostou do filme “Conta Comigo” (principalmente se você nasceu nos anos 90 e assistiu a esse filme na Sessão da Tarde).

Se interessou pela história? Compre no site da livraria
Bem  isso é tudo pessoal!
Até a próxima
Deborah M.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Uma viagem ao Inferno



Ficha Técnica
Título Original: Inferno
Autor: Dan Brown
Páginas: 448
Editora: Arqueiro

Olá, leitores de Pemberley! Hoje estou aqui pra falar um pouquinho pra vocês sobre o livro Inferno, do Dan Brown, que no Brasil é publicado pela nossa querida parceira Arqueiro. Não é segredo pra ninguém que me conhece que sou apaixonada pelo personagem Robert Langdon, então claro que quando a editora me mandou a obra fiquei toda saltitante e li em dois dias.

Sinopse: Neste fascinante thriller, Dan Brown retoma a mistura magistral de história, arte, códigos e símbolos que o consagrou em "O Código Da Vinci", "Anjos e Demônios" e "O Símbolo Perdido" e faz de Inferno sua aposta mais alta até o momento.

No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado numa das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri.

Numa corrida contra o tempo, ele luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o leva para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo poema de Dante, e mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído.

Assim como em Anjos e Demônios, a história do livro se passa na Itália, só que desta vez não há nada relacionado ao Vaticano, Roma ou Igreja Católica (tirando as igrejas antigas, é quase obrigatório para o Robert dar uma passadinha nelas para descobrir pistas). Só a ambientação que se passa na Toscana já é maravilhosa, especialmente se você ler com o Google Imagens aberto. Mas fica ainda melhor. Ele mistura arte, história e literatura num combo só!

Agnolo Bronzino (1530): Dante olha em direção ao Purgatório
O livro começa com uma pessoa misteriosa se matando e Langdon acordando em um hospital em Florença. Em sua cabeça um buraco de bala. Ele sonha com visões distorcidas de uma mulher grisalha, a máscara da peste e pessoas no inferno. Uma médica o atende e minutos depois alguém invade o quarto tentando matar o professor. Mais tarde, descobre que em seu paletó um objeto misterioso. Ele contém o mapa do inferno.

A partir daí ele sai pela cidade tentando descobrir o mistério do mapa e acaba se envolvendo em uma questão de biossegurança que pode até mesmo destruir toda a humanidade. Acompanhado da médica Siena ele passa por museus, igrejas, locais relacionados a vida de Dante Alighieri e desvenda quadros e trechos da Divina Comédia deixados por um especialista em genética humana que parece achar que o mundo tem gente demais.

Além de Florença, ele acaba viajando por outras cidades cheias de histórias e de alguma forma ligadas a Dante (ou não). Aos poucos a memória dele volta e o quebra-cabeças se encaixa. Se tratando de Dan Brown, um recado é sempre válido: Não confie em ninguém e nem tudo o que parece é. A virada no enredo na metade do livro beira ao surreal, mas depois de você ficar com cara de “WHAT THE FUCK IS THAT?” eu prometo que tudo volta aos trilhos e o final, pelo menos eu, não esperava que fosse daquele jeito.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

[Coisas pelas quais Jane Austen não passou] E agora? Acabou o papel!


Ai gente, tem coisa mais desagradável do que ir ao banheiro e ao terminar perceber que acabou o papel higiênico? Se tem, é difícil definir. Seja em casa ou na casa de estranhos [principalmente na casa de estranhos] essa é uma situação que todos nós já passamos alguma vez na vida. E quem não passou, vai passar! Mas será que Jane Austen passou por isso??? Hummmm... Será???

Vamos a uma viagem no tempo!

A higiene é um assunto um tanto desagradável quando pensamos nos séculos XVIII e XIX. A ideia do banho, onde a pessoa tira toda a roupa e se lava, só foi disseminada quando já próximo de 1900, e o papel higiênico não foi inventado até o final de 1800. Mas então, como que funcionava essa parte inevitável da vida?

Bem, desde que o mundo é mundo como o conhecemos, nós temos o que chamamos de necessidades fisiológicas. Nossa geração é muito feliz por já ter nascido numa era em que certos apetrechos já haviam sido inventados, como a privada, o chuveiro, o absorvente [e eu nem vou entrar na questão do absorvente!]. No entanto, Austen pode não ter sido tão feliz assim. Abaixo temos duas fotos, a da esquerda representando um tipo de privada portátil do século XVIII, e a da direita mostrando um Urinol. Sim, é pra isso mesmo que você pensou.

Mas Michelle, então não havia privada? Não! Na época haviam pequenos cômodos externos à casa
principal onde havia uma ou mais latrinas. Uma ou mais porque na verdade era comum compartilhar esses locais com outras pessoas. A ideia de privacidade não existia. Eu sei, difícil imaginar... Observe a imagem ao lado, representando um banheiro público muito antigo, aproximadamente do século IV. A primeira coisa que veio a minha cabeça foi "que diabos é isso na mão deles?". E sim, é isso mesmo que você está pensando!

Mas é claro que as coisas foram mudando com o tempo, e isso inclui os banheiros! [Amém!] No séc XVIII ainda não havia um banheiro propriamente dito, e dentro de casa eram usados os Urinóis. Depois veio a "casinha", com latrinas. E agora, falemos do "papel higiênico". Os ricos tinham opções leves e sedosas para se limpar, como o linho, e ate mesmo a seda. Os pobres não tinham essa opção. Alguns utilizavam tiras de tecido, outros utilizavam musgo ou folhas.Os romanos é que vieram com a ideia de enrolar um pano em uma vara e molhar o pano [o que na verdade foi uma das ideias mais inteligentes com as quais me deparei nas pesquisas, como mostra a imagem ali em cima] proporcionando uma limpeza melhor. E se tudo falhasse, ia na mão mesmo, fazer o que?

A tecnologia utilizada na privada, que levava de maneira subterrânea os dejetos, só foi produzida em 1880, em Paris. Foi então que as casinhas começaram a ser substituídas por cômodos dentro de casa. Ou seja, Jane Austen nunca viu essa preciosidade. Posso ate imaginar seus olhos brilhando de pura emoção. E quanto ao papel higiênico, queridos, nada nunca vai substituir a boa e velha ducha higiênica!

http://super.abril.com.br/ciencia/o-inventor-da-privada/
http://revoada.net/10-fatos-horriveis-sobre-o-seculo-18/

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

[Resenha] O Feiticeiro de Terramar



Título no Brasil: O Feiticeiro de Terramar
Título Original: The Wizard of Earthsea
Autora: Ursula K. Le Guin
Tradução: Ana Resende
Editora: Arqueiro
Páginas: 176

Sinopse: Há quem diga que o feiticeiro mais poderoso de todos os tempos é um homem chamado Gavião. Este livro narra as aventuras de Ged, o menino que um dia se tornará essa lenda. Ainda pequeno, o pastor órfão de mãe descobriu seus poderes e foi para uma escola de magos. Porém, deslumbrado com tudo o que a magia podia lhe proporcionar, Ged foi logo dominado pelo orgulho e a impaciência e, sem querer, libertou um grande mal, um monstro assustador que o levou a uma cruzada mortal pelos mares solitários. Publicado originalmente em 1968, O feiticeiro de Terramar se tornou um clássico da literatura de fantasia. Ged é um predecessor em magia e rebeldia de Harry Potter. E Ursula K. Le Guin é uma referência para escritores do gênero como Patrick Rothfuss, Joe Abercrombie e Neil Gaiman.

Quem aqui já assistiu Jane Austen Book Club? No filme, um grupo de seis adultos se reúne para conversar sobre as obras da Jane Austen. O único homem do grupo é Grigg, fã de ficção científica e que nunca lera Jane Austen. Sua escritora favorita é Ursula K. Le Guin, e desde então tenho vontade de ler alguma obra dessa autora. A oportunidade surgiu com o lançamento, pela Editora Arqueiro, de O Feiticeiro de Terramar, primeiro livro do Ciclo de Terramar, composto por cinco livros. 

O livro conta a história de um garoto órfão que mais tarde será um dos feiticeiros mais poderosos da sua geração. Vocês devem estar achando o enredo semelhante ao de outra série super famosa de fantasia, né? Mas foi Ursula, no final da década de 1960, instigada por um editor, que escreveu um dos primeiros livros de fantasia voltado para o público adolescente. Nessa obra, a autora criou um universo fantástico digno dos grandes autores de fantasia que a inspiraram, como Tolkein, Mas ao invés de narrar os grandes feitos de um feiticeiro maduro, como o Gandalf e Merlin, nesse livro conhecemos a história de Ged, um rapaz brilhante, mas que tem que aprender na marra que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” e pela primeira vez temos uma história de garoto aprendendo a ser mago. 

Apesar de seguir características do cânone tradicional da fantasia, O Feiticeiro de Terramar apresenta um elemento subversivo, como é comum nas obras de Le Guin, uma vez que temos um protagonista não branco (não vou contar sua etnia, para saber isso, só lendo o livro). Em tempos em que questões como representatividade tem ocupado um papel tão importante no ambiente literário, saber que uma escritora defendia essa bandeira já na década de 1960 é inspirador. Além disso, a história é mais que uma batalha entre o Bem e o Mal, mas uma jornada de autodescoberta, em que o protagonista tem que descobrir quem é o seu inimigo. E a jornada, às vezes, costuma ser mais interessante que o destino final.