sexta-feira, 29 de abril de 2016

Um romance histórico dourado

Título: O Amor nos Tempos do Ouro
Autora: Marina Carvalho
Editora: Globo Alt
Páginas: 328


Sinopse: Cécile Lavigne é uma jovem que nasceu em uma família de nobres, filha de uma portuguesa de Coimbra, pertencente à Casa de Bragança, e de Antoine Lavigne, aristocrata francês de mente liberal e dono de uma riqueza imensurável. Após um acidente, a garota perde os pais e os dois irmãos e, antes de completar 20 anos, é enviada ao Brasil pelo único parente que lhe restou, o ambicioso tio Euzébio, para casar-se com um latifundiário de Minas Gerais.
Depois de desembarcar no Rio de Janeiro, Cécile sente-se angustiada pela falta da família e teme o futuro que terá ao lado de um homem que tem idade para ser seu pai e é conhecido por suas crueldades com seus escravos. Porém, o trajeto entre o Rio e Minas promete mudar o destino da garota: o explorador Fernão, contratado pelo seu futuro marido para acompanhá-la na viagem, despertará nela sentimentos de aversão e de desejo. Enquanto aguarda o temido casamento arranjado, Cécile vai descobrir os encantos e perigos que existem na nova terra e os sentimentos mais nobres que vivem dentro de si.


Eu acho que vocês já conhecem meu xodó por romances históricos ou de época. Quando a Marina Carvalho anunciou que seu novo livro seria um romance histórico ambientado nas Minas Gerais, no auge do “ciclo do ouro”, na primeira metade do século XVIII, fiquei muito contente. E ter tido a oportunidade de participar um pouquinho desse projeto como leitora beta foi a realização de sonho. Há duas semanas, a Marina concedeu uma entrevista ao nosso blog, onde conversamos sobre sua carreira literária e sobre o livro lançado esse mês. E hoje vou falar um pouco sobre esse livro maravilhoso, que alia entretenimento e informação.


À primeira vista, nos chama atenção o cuidado que a autora teve ao escrever o livro. A obra, narrada em terceira pessoa, faz diversas referências ao português falado no nosso país nos tempos de colônia, conhecido como língua-geral, uma mistura de português com dialetos indígenas e expressões africanas. Porém a narração se atém a norma culta vigente nos dias atuais, tornando a linguagem acessível a todos, respeitando as características de cada personagem. Esse cuidado também pode ser observado na contextualização histórica, trazendo à tona fatos desse período tão rico, que não costumam sem abordados na educação básica. Isso é feito ao longo do livro, costurada à trama ficcional, sem didatismos, enriquecendo ainda mais a obra.


O livro também apresenta personagens muito bem construídos. Como o livro é narrado em terceira pessoa, utilizando um narrador onisciente, confere uma visão mais global do enredo. A personalidade dos protagonistas, Cécile e Fernão, é apresentada aos poucos, e à medida que eles se envolvem, nós, leitores, também somos envolvidos. A trajetória deles é distinta, uma vez que a aristocrata Cécile vai revelando sua força, enquanto Fernão, o explorador, mostra sua sensibilidade. Juntos, formam um casal de herois. Além disso, Cécile carrega a marca de uma mocinha da Marina Carvalho, principalmente nos momentos em que se refere com tanto carinho à família. Entre os coadjuvantes, destacam-se o trio vindo da África: Malikah, Hasan e Akin, que possuem seus arcos desenvolvidos paralelamente a trama principal. Assim, nossa trajetória como povo brasileiro encontra-se representada, desde as riquezas naturais e culturais, como fauna e flora, culinária, hábitos e crenças,  até as dinâmicas sociais, sendo que certas caraterísticas dessas, infelizmente, ainda perduram na nossa sociedade.


A capa do livro é muito linda, e combina perfeitamente com a história. Um destaque para a lombada e o detalhe do camafeu. Outro destaque são os trechos de poemas, a maioria de escritores de língua portuguesa, de diferentes escolas literárias, que introduzem cada capítulo. Enfim, O Amor nos Tempos do Ouro é um romance histórico ideal para quem quer suspirar por um romance bem desenvolvido, aprender um pouco mais sobre a nossa história, e refletir sobre questões que são atemporais.


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Encontro de Fãs de Romances de Época - Eventos #1


Olá pessoas lindas! 
Hoje trouxe para vocês umas dicas diferentes do que tenho trazido ate agora. Eu sempre trago algum lançamento do mundo literário ou cinematográfico, mas hoje vamos falar de Evento!
Vocês já sabem que meu gênero literário favorito é Romance de Época. Imaginem a minha alegria ao saber que a Editora Arqueiro está organizando um Encontro de Fãs de Romances de Época pelo Brasil! [Nem chorei... só fiquei tremendo!]

A editora tem um catálogo incrível de Romances de Época, com nomes como Sarah MacLean, Julia Quinn, Loretta Chase, Lisa Kleypas, Mary Balogh. Autoras que nos fazem suspirar, histórias que nos fazem viajar no tempo. 
Se você gosta de Romances de Época, esse evento é para você!
Os eventos estão sendo organizados via Facebook, e os convites estão por lá. Clique no link correspondente a sua cidade e divirta-se!

Galera do Rio de Janeiro: Nos veremos lá!

- Acre (AC) - Rio Branco: https://goo.gl/colQGz
- Alagoas (AL) - Maceió: https://goo.gl/ObAsb3
- Amapá (AP) - Macapá: https://goo.gl/ZA4gXi
- Amazonas (AM) - Manaus: https://goo.gl/U8wdET
- Bahia (BA) - Salvador: https://goo.gl/jkyEfl
- Ceará (CE) - Fortaleza: https://goo.gl/xhwdL4
- Distrito Federal (DF) - Brasília: https://goo.gl/yMTV4v
- Espírito Santo (ES ) - Vitória: https://goo.gl/yuVY6u
- Goiás (GO) - Goiânia: https://goo.gl/7JyRT8
- Maranhão (MA) - São Luís: https://goo.gl/FFYC1F
- Mato Grosso (MT) - Cuiabá: https://goo.gl/hn73jU
- Mato Grosso do Sul (MS) Campo Grande: https://goo.gl/vMfL5y
- Minas Gerais (MG) - Belo Horizonte: https://goo.gl/BwwPjH
- Pará (PA) - Belém: https://goo.gl/vPYmgB
- Paraíba (PB) - João Pessoa: https://goo.gl/vnFPf0
- Paraná (PR) - Curitiba: https://goo.gl/dTbGGY
- Pernambuco (PE) - Recife: https://goo.gl/OdJzvW
- Piauí (PI) - Teresina: https://goo.gl/kacIQZ
- Rio de Janeiro (RJ) - Rio de Janeiro: https://goo.gl/JlQ6HW
- Rio Grande do Norte (RN) - Natal : https://goo.gl/7O2r2g
- Rio Grande do Sul (RS) - Porto Alegre: https://goo.gl/fFgPnX
- Rondônia (RO) - Porto Velho: https://goo.gl/1MHRxR
- Roraima (RR) - Boa Vista: https://goo.gl/xAm7Ob
- Santa Catarina (SC) - Florianópolis: https://goo.gl/DDw25D
- São Paulo (SP) - São Paulo: https://goo.gl/sN6tF6
- São Paulo (SP) - Campinas: https://goo.gl/JOcbDf
- Sergipe (SE) - Aracaju: https://goo.gl/X6eRTs
- Tocantins (TO) - Palmas: https://goo.gl/cA7NaM

E aí, gostou da Dica da Mih de hoje?
Programe-se e compareça!



EVENTO GRATUITO! 

terça-feira, 26 de abril de 2016

500 Dias com Ela

Por Thais Sarmento

500 dias com ela é um filme atípico, possui uma historia agridoce, delicada e bem realista, tratando sobre o nosso tão conhecido e emblemático tema o “amor” de uma forma original e bem real. O filme constrói uma narrativa cheia de flashbacks, e blocos de lembranças muito originais retratando os pensamentos dos personagens de forma criativa sem seguir uma sequência linear.

O filme conta a historia de amor, amizade e desilusão de Tom Hansen interpretado por Joseph Gordon-Levitt um jovem arquiteto que trabalha escrevendo cartões comemorativos e que acaba se apaixonado pela sua colega de trabalho Summer Finn, uma garota super moderna, doce, bem decidida e extremamente desencanada com relação a relacionamentos vivida por Zooey Denschanel, queridinha do cenário Indie e vocalista da banda She and Him. 

A narrativa do filme mostra de forma original o relacionamento que os dois personagens criam com uma perspectiva diferente, pois apresenta um rapaz sonhador e apaixonado em contrapartida uma jovem racional e sem pretensões com relação ao amor. Chocando certos expectadores que não entendem o ponto de vista da personagem Summer que é um contraste da personalidade excessivamente romântica e um pouco imatura de Tom.

Regado à boa musica o filme possui uma trilha sonora impecável, com referências musicais maravilhosas por todo o filme como as bandas The Smiths, Joy Division, The Clash, Regina Specktor, Carla Brune, Hall & Oates e etc.

Se você está procurando um filme com características marcantes, 500 dias com ela é o filme certo para você, pois ele é um romance agridoce que trata sobre pessoas, ideais e o que é prioridade e não uma simples historia de amor, sendo assim o filme faz com que faz com que os espectadores não consigam prever o que vira em seguida, a cada passar dos dias e a cada narração, nos surpreendemos com as atitudes dos personagens e os rumos que a história toma.

Nome original: 500 days of Summer.
Ano de lançamento: 2009
Diretor: Mark Webb.
Gênero: Drama e comédia romântica.

sábado, 23 de abril de 2016

Ah! As cartas de amor, sempre elas...



Todas as cartas de amor...
Fernando Pessoa
(Poesias de Álvaro de Campos)

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas...



Adicionar legenda

Título original: Dear Scott, dearest Zelda: the love letters of F. Scott and Zelda Fitzgerald

Título no Brasil: Querido Scott, Querida Zelda: As cartas de amor de Scott e Zelda Fitzgerald

Organização por: Jackson R. Bryer & Cathy W.

Revisão: Cecília Ramos e Marise Simões Leal

Número de páginas: 487

Editora: Companhia Das Letras





Década de 1920, era do jazz, Estados Unidos... e uma história de amor. Foi em 1918 que Scott Fitzgerald conheceu Zelda, num baile num clube de campo em Montgomery, no Alabama, Estados Unidos. Zelda era uma jovem bonita, graciosa, espirituosa, e por isso muito cortejada por vários rapazes. E Francis Scott Fitzgerald, um jovem tenente militar, se esforçava muito para conquistar a moça.

Ao arrumar trabalho em Nova York, Scott deixou Montgomery, e a jovem de seu coração. Foi então que começaram a trocar a extensa correspondência que fez parte da vida de ambos, durante longos anos.

Scott era um promissor escritor, e sonhava alto, em se tornar um dos maiores escritores de sua época, fato que realmente ocorreu posteriormente. Zelda, nesse período que Scott esteve em Nova York, não mudou em nada sua vasta vida social, saindo para festas, bailes, e sendo bastante cortejada por muitos rapazes, fato que ela relatava a Scott em suas cartas.

Scott já havia escrito um romance que fora rejeitado pelos editores, mas não desistiu. Tinha consciência de seu talento, e sabia que apenas quando vendesse um grande romance possuiria dinheiro suficiente para pedir a mão de Zelda, que possuía uma família tradicional em sua cidade, e como eram bastante abastados, seus pais não permitiriam que ela se casasse com uma pessoa sem recursos.

Apenas dois anos depois de conhecer sua bela amada, Scott conseguiu a publicação de seu primeiro romance, Este lado do paraíso, e rapidamente vendeu toda a primeira edição. Uma semana depois de publicado, a 3 de abril de 1920, ele e Zelda se casaram. Pouco mais de um ano depois, tiveram sua filha, Scottie. Alguns meses depois do nascimento da menina, Scott publicava seu segundo romance, Belos e malditos, e o casal Fitzgerald continuavam apaixonados como nunca.

Zelda também possuía grande talento para as artes, como a escrita e a pintura. Entretanto, era evidente que ela se dedicava tanto ao marido como à vida social que possuíam, primeiramente em Nova York, posteriormente na França, onde conheceram e conviveram com grandes artistas da época, e acabava deixando em segundo plano suas habilidades artísticas.

Em 1925, Scott publica um de seus maiores romances, O grande Gatsby. Neste, Scott retrata a vida e o pensamento dos americanos de sua época, abordando temas como amor, dinheiro e ambição. 

O sonho do casal foi abruptamente interrompido em 1930, quando Zelda teve seu primeiro colapso nervoso, e o sonho de fadas acabou. A partir daí, a vida de Zelda se resumiu em várias internações em clínicas e manicômios, entre períodos de crise e lucidez.

Em contrapartida, o alcoolismo tomava conta da vida de Scott, que se dividia em escrever contos para sustentar a família e criar a filha sozinho. As despesas aumentavam, pois ele também tinha que pagar as internações da esposa. Com todos esses problemas, ele se afundava cada vez mais no alcoolismo. 

Alguns críticos e biógrafos escreveram várias versões para a vida do casal, e muitos relatavam que, Scott se afundava no álcool por causa da doença da esposa, e que Zelda enlouqueceu por Scott podar seus talentos artísticos. Mas o que vemos em Querido Scott, Querida Zelda, é que tudo foi uma fatalidade. Na época sabia-se muito pouco sobre a esquizofrenia, doença diagnosticada de Zelda. E o alcoolismo ainda não era visto como doença, e sim como falha de caráter, o que tornava mais difícil a vida do escritor.

Apenas nos 10 anos de casamento houve pouca correspondência, mas nos outros períodos, esta foi constante,

Em Querido Scott, Querida Zelda, nos deliciamos com as cartas trocadas pelo casal, nem sempre de amor, como diz no subtítulo, mas muitas também de amargura e acusações mútuas.

A maior parte das cartas são de Zelda para Scott, pois muitas das cartas escritas por ele se perderam devido às várias internações pelas quais ela passou.

As cartas de Zelda eram bem poéticas, carregadas de lirismo e figuras de linguagem. A cada carta lida percebemos como era profunda a ligação entre um dos casais mais conturbados nos meios literários, e envolvemo-nos com esse grande amor, que como lemos em suas cartas, apesar de eles estarem separados, os acompanhou até a morte.





quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dicas da Mih - Racconti e Romanzi (Lançamento #3)

Bem, não sou fluente em Italiano, mas me viro bem, obrigada. A verdade é que sou apaixonada pela língua, eleita diversas vezes por diversos canais como a língua que possui o sotaque mais sexy e romântico do mundo. Mas não é apenas a língua que me encanta. A Itália em si é um local cheio de charme, histórias magníficas, lendas. Um dos mitos romanos mais famosos é o de fundação do povo, que diz que a cidade nasceu pelas mãos de Rômulo e Remo, irmãos gêmeos que, após serem abandonados no rio Tibre, foram adotados por uma loba. E assim teria nascido um dos maiores impérios de todos os tempos. Se/O que é verdade nessa história, ninguém sabe. Mas desde a sua fundação, já carrega todo um charme, uma força e o éclat de uma grande potência!

Hoje trouxe para vocês um autor que - talvez - poucos conheçam.

Quando falamos de contos de fadas, imediatamente aquele castelinho da Disney já vem à nossa cabeça como um "passe de mágica"! Cinderela é o conto mais famoso adaptado pela indústria de animação, e o autor atrelado a essa história na verdade são dois: Jacob e Wilhelm Grimm, mais conhecidos como Irmãos Grimm. "Mas Michelle, eu penso em Charles Perrault!" Okay! Charles Perrault então. Mas repararam que eu não falei que são esses os autores originais dessas histórias? É porque na verdade não são! Os nomes deles estão atrelados a essas histórias por terem transcrito para a língua escrita tais histórias que já eram conhecidas pela cultura popular. O que talvez vocês não saibam é que existiu um outro 'cara', que veio antes deles, e que transcreveu histórias, contos populares, e entre eles, Cinderela.

Já ouviram falar de Giambattista Basile?
Em 1634, foi publicado na Itália um livro chamado Pentamerone (ou o conto dos contos). Esse livro foi escrito por Giambattista Basile, mas ele também apenas reuniu contos já existentes na cultura popular. Esse livro reúne 50 contos de fadas.
Reparem: Os irmãos Grimm só vieram a publicar seu primeiro livro no século XIX, e Perrault em 1697.

Em sua origem, os contos de fadas não eram apenas essas histórias bonitinhas com finais sempre felizes. Havia mortes, sangue, maldades e muitas outras coisas que nunca seriam admitidas em um desenho da Disney. Isso porque a sociedade era diferente, a ideia do que era ser criança era outra e essas histórias não eram tidas como coisas de crianças, mas histórias para todos. Exemplo disso é que Cinderela de Basile é completamente diferente do que conhecemos - e quando digo completamente, é completamente mesmo! Um dia te conto...

"Mas Michelle, porque você está falando disso tudo na sua coluna?" Pergunta digna, merece um docinho.

Minha primeira dica de hoje segue a vibe cinematográfica italiana!

- Dirigido, Roteirizado (sim, essa palavra existe, pode procurar) e Produzido pelo italiano [*-*] Matteo Garrone, a elogiada produção participou da Seleção Oficial do Festival de Cannes 2015. O longa nos apresenta três fábulas, que são mostradas paralelamente. Na primeira, uma rainha engravida de uma maneira bem pouco convencional e tem que arcar com as consequências da sua decisão. Perto dali, um rei depravado se apaixona pela voz de uma mulher, sem saber que ela é uma velha. No terceiro conto, outro rei decide realizar um concurso que tem como prêmio a mão da sua filha, mas a princesa acaba levando a pior.
Três fábulas presentes no livro Pentamerone dão origem a um mosaico da época barroca do século XVII na Itália. Três reinos vizinhos governados em castelos maravilhosos pelos seus reis e rainhas, príncipes e princesas: um rei adultero e libertino, outro fascinado por um animal estranho, uma rainha obcecada pelo desejo de ter filhos e fadas… Magos, terríveis monstros e ogros velhos, acrobatas e cortesões são os heróis desta interpretação livre dos famosos contos de Giambattista Basile. 

E aí? Ficou com vontade de conhecer o outro lado de histórias tão conhecidas de uma forma como você nunca viu? Então programe-se!

Estréia prevista para 12 de maio de 2016.

Minha segunda dica é bastante típica de Michelle. Seguindo meu estilo literário favorito, o romance de época que está me enchendo os olhos... com lançamento previsto para maio.

Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon.
Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna.
O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas.
Primeiro livro da série As Modistas, Sedução da seda é como um vestido minuciosamente desenhado por Loretta Chase: de cores suaves e românticas em alguns trechos, mas adornado com os detalhes perfeitos para seduzir.
Sedução de Seda, de Loretta Chase, é o próximo lançamento da Editora Arqueiro em formato digital. A autora da série "Os Canalhas", com dois volumes publicados no Brasil pela mesma editora - O Príncipe dos Canalhas e O Último dos Canalhas - vem agora estrear uma nova série, "As Modistas", que promete ser tão boa quanto a primeira.


Lançamento: 02 de maio de 2016
Quanto? R$ 21,84 (Digital
Link: https://goo.gl/wAjc0b



Beijinhos... E ate as próximas Dicas da Mih! 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Depois Daquela Viagem


Título: Depois Daquela Viagem
Autor: Valéria Piassa Polizzi
Editora: Ática
Nº de Páginas: 280
Origem: Nacional


O livro é uma auto-biografia da autora, ele foi lançado em 1999, quando ela estava com 23 anos, após a insistência dos amigos que pediam para que ela contasse sua história, seus sofrimentos, mas também suas vitórias.

Valéria Polizzi é uma jovem que conhece um rapaz lindo em uma viagem! Logo eles começam a namorar e a ter relações sexuais. O namoro era perfeito, mas esse clima de felicidade logo é substituído por violência e ciúmes, o que faz da vida de Valéria um inferno.
No princípio ela tenta esconder os acontecimentos de sua família, mas isso não dura muito. Valéria acaba sabendo pelos pais do rapaz que ele sempre teve esse tipo de atitude. Uma pessoa descompensada e violenta.
Valéria é uma moça de boa família, cheia de sonhos e planos, cheia de amigos! Mas dois anos depois, uma dor no estômago muda totalmente a vida da jovem. Ela descobre que aquela relação, sua primeira relação (e sem camisinha) lhe transmitiu o vírus HIV.
Como é de se esperar o mundo dela desmorona! Valéria e sua família precisam enfrentar uma maratona de médicos e novas descobertas. Ela precisa aprender a voltar a sonhar e a enfrentar os preconceitos, principalmente o dela mesma.


Li 'Depois Daquela Viagem' pela primeira vez quando eu estava entre a 6ª e 7ª série, nas aulas de português de uma professora maravilhosa, que conseguiu fazer a sala toda ler esse livro levando em todas as aulas algumas páginas para a gente ler. No começo eu não gostei muito, mas com a leitura percebi a mensagem de superação passada pela autora!

O livro narra a viagem de uma menina que se descobre com AIDS, em uma época (estando falando do final dos anos 80) em que não se sabia muito sobre essa doença e sobre os seus desdobramentos. Valéria nos mostra como é possível conviver com essa realidade e encontrar uma forma de superar os problemas.


A autora divide sua história com os leitores de maneira bem direta e nos faz repensar certas atitudes e pensamentos! 'Depois Daquela Viagem' é uma verdeira lição de vida, alegre e triste: recomendo!

Prêmio Dardos


Dá pra acreditar?????
Mais uma vez nossa dedicação e esforço estão sendo recompensados! *-*
Agradecemos imensamente a nossa amiga Isadora, blogueira do Ler é Literário, que nos indicou ao prêmio Dardos, uma espécie de troféu virtual criado em 2008 pelo escritor Alberto Zambade, para homenagear os blogueiros pelo empenho e dedicação constante.
Completamos 1 ano no ar há pouquíssimo tempo, e seja compartilhando notícias literárias, nossas opiniões ou sonhos, nos comprometemos a não falhar com nossos leitores, e é graças a isso que recebemos todo o carinho e atenção de vocês, seja em forma de recado, mensagem, compartilhamento, ou indicação a prêmios! ;-)

Mas agora, vou mostrar como funciona essa premiação:
  • Quem recebe a indicação deve também indicar 15 blogs, exibir a imagem do selo, mencionar o blog de que recebeu a indicação e colocar o link , além de avisar aos blogs escolhidos.
Vamos aos indicados:















Existem diversos blogs, que também são muito legais... mas infelizmente nossa lista é limitada, e não podemos indicar todos aqueles a quem seguimos e achamos interessantes. Pensamos com muito carinho em quem indicar, e achamos que esses blogueiros merecem, sendo assim, PARABÉNS!!!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Entrevista - Marina Carvalho

Pausa para um momento tiete. Se alguém me perguntar qual é minha autora nacional contemporânea favorita, com certeza minha resposta será: Marina Carvalho. Mineira de Ponte Nova, formada em Jornalismo pela PUC Minas, além de escritora, é professora de Língua Portuguesa e Literatura. Cruzeirense e fã de rock progressivo, ela lança essa semana seu sexto romance, “O Amor nos Tempos do Ouro”, pela Globo Alt, selo jovem da Globo Livros, que eu tive o privilégio de ser leitora beta. Nessa entrevista, ela conta um pouco sobre a carreira como escritora, sobre seu mais novo trabalho e suas preferências literárias.



1 - Primeiramente, obrigada por ter aceitado nosso convite para ser a primeira entrevistada nesse ano. Esse mês você está lançando seu sexto livro. Quando e como você começou a escrevê-lo?

Eu que agradeço a oportunidade de divulgar minha carreira e meus livros neste blog tão legal, especialmente porque a Aline foi leitora beta de O AMOR NOS TEMPOS DO OURO. :)

Bom, resolvi escrever esse romance de época depois de uma conversa bastante reveladora e motivacional com a Viviane Santos, uma leitora muito querida e hoje uma amiga especial. Isso aconteceu em fevereiro de 2015. Entusiasmada com a oportunidade que se vislumbrava diante de mim, comecei a fazer pesquisas histórias sobre o período colonial brasileiro, o que me deixou encantada. Então surgiu a premissa, mas apenas em junho do ano passado pude começar o processo de escrita propriamente.

2 - Cada autor tem um processo de escrita. Como é o seu, desde a ideia inicial até o ponto final no último capítulo? Onde você busca inspiração para os seus livros?

Eu primeiro escrevo a sinopse da história, um texto bem resumido, só para eu imaginar o que espero do enredo. Depois crio o perfil dos personagens. Em seguida, planejo os capítulos, cada etapa do livro, de maneira que, antes mesmo de começar a escrever, já tenho uma ideia a respeito de todos os acontecimentos (mesmo que eles mudem mais tarde). Só então começo a produzir. Dessa forma, não dependo de acordar criativa para colocar os pensamentos no papel. Isso facilita muito meu trabalho.

Busco inspiração no mundo ao meu redor, desde cenas que presencio, textos que leio, vídeos a que assisto, músicas que ouço. Sou muito observadora, elemento fundamental para quem gosta de contar histórias.

3 - Você é formada em Jornalismo e trabalha como professora de Língua Portuguesa. Quais são as influências dessas experiências no seu ofício de escritora e como você faz para conciliar essas carreiras?

Eu amo as palavras desde pequena. Sempre tive facilidade com a língua portuguesa, o que me impeliu a seguir a carreira de jornalista e, em seguida, buscar uma especialização na área da linguagem. Percebo que isso ajuda muito quando escrevo, porque já sei o que posso ou não usar em meus textos. Sou bastante minuciosa, procuro sempre escrever dentro dos padrões.

Hoje já não atuo mais como jornalista. Agora divido duas profissões: a de professora e a de escritora. Parece complicado (e é), mas também é estimulante. Desafios me motivam.

4 - Você possui livros de diferentes gêneros de romance, como um conto de fadas moderno, chick lit, New Adult, releitura de clássicos, e agora um romance histórico. Como as diferenças entre eles afetam no desenvolvimento da escrita? Você pretende explorar mais algum gênero?

Sair do lugar-comum, esse é o meu objetivo sempre. Ao testar gêneros diversos, eu me desafio, me redescubro enquanto escritora. É estimulante. Vejo as possibilidades diante de mim e as abraço, ainda que eu precise rever muitos dos meus conceitos de escrita. Mas vale a pena.

Eu não sou daquelas que enxergam muito longe, que faz planos a longo prazo, mas acredito que buscarei novos gêneros sim, afinal, o bicho da inquietação vive em mim.

Livros na ordem de publicação: os quatro primeiros foram publicados pela Novo Conceito, e o último pela Galera Record. 

5 - As suas histórias são ambientadas principalmente ou em Minas Gerais, ou lugares fictícios, como a Krósvia. Há planos de utilizar outros lugares como cenário?

Enquanto leitora, sinto falta de ler histórias que retratem os costumes das regiões brasileiras. Muito do que conheço sobre outros países são informações que li nos livros. Por isso faço questão de retratar nossa cultura em minhas histórias, mesmo quando crio cenários fictícios. Adoro Minas Gerais e tenho orgulho de apresentar meu Estado aos leitores. Também já falei do Espírito Santo, outro lugar muito bonito e raramente explorado por autores nacionais. Sempre que viajo, pondero a respeito das possibilidades de usar aquele local como pano de fundo dos meus textos. Portanto acredito que há muitas opções a serem trabalhadas ainda, infinitas até.

6 - Falemos sobre “O Amor nos Tempos do Ouro”. Como é escrever um romance histórico? Quais foram os desafios enfrentados nesse processo?

Escrever um texto retratado em outra época exige do escritor muita atenção, muita pesquisa e muito cuidado. Não basta apenas desenvolver a ideia. É preciso cuidar do contexto, senão a história fica incoerente. Eu me preocupei demais com isso, tanto que o trabalho durou quase um ano, tempo muito maior do que normalmente gasto para completar o processo de escrita de um livro.


 7 - Cite três motivos para convencer o nosso público a ler “O Amor nos Tempos do Ouro”.

  1. Trata-se de um romance fictício, mas com bastante informação histórica sobre o ciclo do ouro brasileiro.
  1. Os protagonistas são fortes, envolventes e apaixonantes (orgulho de “mãe”).
  1. O romance vai surgindo gradualmente e arrebatando enquanto cresce.

8 - A Globo Alt é a sua terceira casa editorial. Como está sendo trabalhar com eles? Qual a importância da VBMLitag (agência literária) na sua carreira?

Está sendo incrível trabalhar com a equipe da Globo Alt. Sinto-me em casa, valorizada, prestigiada, acarinhada. Há uma aposta tão grande em mim, uma confiança no meu trabalho que me comove. Isso não tem preço.

A presença da Luciana Villas-Boas conduzindo minha carreira é inestimável. Ela me abre portas, apresenta cenários por onde talvez eu jamais transitasse sem a influência da agência.

9 - Quais são seus autores favoritos? Qual deles te influencia mais? Indique um livro que você tenha gostado muito de ler esse ano.

Eu adoro diversos autores, tantos que não consigo contabilizar a quantidade. Sempre digo que José de Alencar, Érico Veríssimo, Fernando Sabino, Pedro Bandeira, Ana Maria Machado, Maria José Dupré são aqueles que despertaram em mim a paixão pelos livros. E recebo a influência de todos eles, além de escritores da atualidade, como Meg Cabot, Sophie Kinsella, Philippa Gregory… Muitos!

Este ano adorei “O descompasso rebelde do coração”, da Bianca Briones (Livro 4 da série "Batidas"  -Verus Editora), “Duff”, da Kody Keplinger (Globo Alt), e “Infinito + Um”, da Amy Harmon (Verus Editora).

10 - Quais são os futuros projetos da Marina Carvalho? Pode adiantar alguma coisa para gente?

“A menina dos olhos molhados”, POV de “Azul da cor do mar”, será lançado pela Globo Alt no final deste ano. O livro está prontinho, portanto agora estou me decidindo sobre duas novas histórias: um novo romance histórico, com personagens secundários de “O amor nos tempos do ouro”, e uma série com os irmãos da Rafaela Vilas Boas, de “Azul da cor do mar”. Pensando a respeito ainda. (risos)

Beijos! E obrigada pela oportunidade. <3


P.S.: obrigada a Bruna por ter me ajudado com as perguntas!!!

Apaixonada por essa capa!!!
Sinopse de O Amor nos Tempos do Ouro: "Sabes que nunca me apaixonei, maman, mas se porventura o tivesse feito, seria por alguém como ele?"

Cécile Lavigne perdeu todos os que amava e agora está sozinha no mundo. Ela, uma franco-portuguesa que ainda não completou vinte anos, está sendo trazida ao Brasil pelo único parente que lhe restou, o ambicioso tio Euzébio, para casar-se com o mais poderoso dono de terras de Minas Gerais, homem por quem Cécile sente profundo desprezo. Após desembarcar no Rio de Janeiro, Cécile ainda precisará fazer mais uma difícil viagem. O trajeto até Minas Gerais lhe reserva provações e surpresas que ela jamais imaginaria. O explorador Fernão, contratado por seu futuro marido para guiá-la na jornada, despertará nela sentimentos contraditórios de repulsa e de desejo. Antes de enfim consolidar o temido casamento, Cécile descobrirá todos os encantos e perigos que existem nessa nova terra, assim como os que habitam o coração de todos nós. Com o passar dos dias, crescerá dentro dela a coragem para confrontar todas as imposições da sociedade e também o seu próprio destino.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Dicas da Mih - Lançamento #2

Prontos para mais lançamentos?
Hoje preparei especialmente para vocês uma seleção M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!

O primeiro selecionado é de um autor de quem Jane Austen foi super fã! Foi um dos escritores que mais influenciou Austen, seu estilo e sua narrativa. Ele foi o pai do movimento Romantismo. Da Editora Pedrazul, que está trazendo para o Brasil as influências de Austen e aqueles a quem ela amava, apresento a vocês: Pâmela, de Samuel Richardson. Pamela foi considerada ousada para a época e até proibida pela igreja Católica, pelo papa, no Index Librorum Prohibitorum. Entretanto, como sabemos, a Inglaterra é Protestante desde Henrique VIII, século XV, e Pamela foi lançado no século XVIII. Portanto, o livro foi lido por todo leitor da Grã Bretanha. Um estrondoso Best-seller. Para quem gosta de um livro mais quente, à moda literatura contemporânea de época, ei-lo; para quem gosta de um livro histórico, que vai retratar como os ricos, Lords, etc, tratavam uma serva bonita, vai ter uma excelente ideia do costume no século XVIII. Se existia uma serva bela e o Lord se encantava por ela, certamente ela se tornava sua amante ou era abusada mesmo e deixada para trás, engrossando as fileiras dos bordéis em Londres. Interessante lembrar que o século XVIII, em Londres, era repleto deles.

Em plena Inglaterra do século XVIII, um patrão aristocrata se apaixona por uma serva e cria várias situações para forçá-la a se entregar a ele. Ela, contudo, não abre mão de seus valores morais e luta para preservar a sua virtude, o que o deixa mais decidido a conseguir o objeto de seu desejo. Uma atração que pode levar Pamela à ruína.




Lançamento: Abril/2016
Quanto? R$ 58,10
PROMOÇÃO : R$ 49,90 Aproveitem!






O segundo selecionado é o emocionante e pontilhado de detalhes históricos: Os pilares da Terra, que já vendeu mais de 18 milhões de exemplares e conquista novos leitores há mais de vinte anos ao traçar o retrato de uma época turbulenta, marcada por conspirações, violência e o surgimento de uma nova ordem social e cultural. O maior Best-Seller de Ken Follet, está em várias listas de melhores livros de todos os tempos, e mais: Foi adaptado para a TV, com série disponível na Netflix , e está com uma versão para Vídeo Game em desenvolvimento. Sensacional né?!
Na Inglaterra do século XII, Philip, um fervoroso prior, acredita que a missão de vida que Deus lhe designou é erguer uma catedral à altura da grandeza divina. Um dia, o destino o leva a conhecer Tom, um humilde e visionário construtor que partilha o mesmo sonho. Juntos, os dois se propõem a construir um templo gótico digno de entrar para a história. 
No entanto, o país está assolado por sangrentas batalhas pelo trono, deixado vago por Henrique I, e a construção de uma catedral não é prioridade para nenhum dos lados, a não ser quando pode ser usada como peça em um intricado jogo de poder. 
Os pilares da terra conta a saga das pessoas que gravitam em torno da construção da igreja, com seus dramas, fraquezas e desafios.



Lançamento: 15/04/2016
Quanto? R$ 29,99 (disponível apenas em formato Digital) 






Minha última seleção não é apenas literária. Agora quero contar pra vocês um pouquinho do que vai rolar no mundo do cinema! 

Com previsão para 16 de junho de 2016, pela Warner Bros, o livro que mais mexeu comigo estará estreando nas telonas. Com direção de Thea Sharrock, e atuações - brilhantes, por sinal - de Emilia Clarke (nossa eterna Daenerys Targaryen de Game of Thrones) e Sam Clafin (nosso eterno Finnick de Jogos Vorazes), Como Eu Era Antes de Você vem trazendo a emocionante história de Will, um garoto rico e bem-sucedido que sofre um grave acidente que o deixa preso a uma cadeira de rodas. Ele está profundamente depressivo e contrata uma garota, Louisa, do campo para cuidar dele. Ela sempre levou uma vida modesta, com dificuldades financeiras e problemas no trabalho, mas está disposta a provar para Will que ainda existem razões para viver.

Desde já, aviso: Preparem os lencinhos. E meninas, evitem passar maquiagens que não sejam à prova d'água para irem ao cinema, se não vocês ficarão borradinhas!


Gostaram das Dicas da Mih de hoje???
Programem-se e divirtam-se!
Beijinhos *-*

terça-feira, 12 de abril de 2016

Clube do Livro - Como Eu Era Antes de Você

"Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, a literatura permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano." (Tzetan Todorov)
FONTE: Lanah Black

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. 
Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô 
que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. 
Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick  há sete anos, um triatleta que não parece muito interessado nela. 
Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. 
Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. 
Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado.
Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. 
Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. 
 O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida.
 E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro."
Jojo Moyes mostrou grande sensibilidade tratando de assuntos tão profundos de maneira leve em seu livro. Questões monetárias, emocionais, espirituais, de saúde... Não são coisas fáceis de serem tratadas. O livro traz abuso sexual, traição, comodismo, desemprego, gravidez não planejada, direção perigosa, tetraplegia, ciúmes e amor fraternal, familiar e homem/mulher. Tudo isso sem deixar a linguagem pesada, pontas soltas, diálogos chatos. “A questão do abuso foi abordado com tanta sutileza que eu, que vejo todo dia na TV casos de abuso tão escrachados, demorei a entender o que de fato tinha acontecido com a Lou” aponta Silvana Fonseca.

A narrativa em primeira pessoa nos permitiu entender perfeitamente as decisões, os sentimentos e as atitudes dos personagens envolvidos, e apontamos também a alternância de narrativa entre eles. Não abriu lacunas e ao mesmo tempo nos permitiu conhecer melhor os demais personagens, os pontos de vista das pessoas q estão envolvidas nos cuidados do Will, e ver como o acidente também afetou a vida deles, o quanto uma única pessoa pode mudar a vida de todos ao seu redor. 

“Uma coisa que aprendi (ou tô tentando aprender) é a como tratar, olhar, se referir a um deficiente. Tentar controlar o olhar, as falas, o modo de agir. Isso é importante demais. A pessoa já sofre demais pra ainda precisar suportar olhar de pena, preconceito, entre outras coisas. Ser deficiente não torna a pessoa menos humana, não tira emoções e sentimentos. Pelo contrário, torna a pessoa ainda mais sensível e, paradoxalmente, mais forte!” diz Michelle Motta. “Eu também nunca tinha sequer imaginado como é a vida de um tetraplégico. Claro que sabemos o quão difícil deve ser, mas ler como é seu dia a dia foi surpreendente é emocionante.” Comenta Vanessa Aragon

“Quando leio os livros da Jojo, o que mais me chama a atenção é o cuidado que ela tem ao descrever as mais variadas relações humanas. O livro não é só Lou e Will. A Lou tem uma relação mais complicada com a mãe e com a irmã, e acompanhar como ela se desenvolve no livro, e na continuação, é muito interessante.” Afirma Aline Tavares, e já deixa a dica para Depois de Você, que traz a continuação da história.

A outra coisa que também foi muito apontada foi a personalidade de Lou. “Eu também me identifiquei muito com a Lou com sua personalidade e tudo mais...” diz Fernanda Pelitzer, sendo ecoada por quase todas. “Também me identifiquei com a Lou quanto a acomodação. É muito difícil sair da zona de conforto, principalmente quando parece q está tudo bem.” (Aline Tavares) “Decidi mudar algumas coisas na minha vida. Preciso realmente de alguém pra trocar minhas cortinas? Ou pra colocar novas prateleiras no quarto? Não. Posso fazer sozinha e devo aproveitar e ser feliz por poder fazê-lo! Viajar sozinha? Sim! Vestir roupas que gosto mas que estão fora de moda? Sim! E principalmente, me aceitar. Foi o que aprendi com Lou.” (Michelle Motta). 

Por fim, nas palavras de Jesiane Santos, “Eu amei o livro. Os personagens são bem sensíveis e não são perfeitos. As questões abordadas nos livros são muito relevantes (...) O ponto que mais chamou minha atenção foi que o livro não vai pro caminho de um romance água com açúcar, se aproxima muito da realidade, isso o torna mais belo e sensível. (...) Levo esse livro com muito carinho no lado esquerdo do peito.”

Só pra deixar você arrepiado e com uma lagriminha querendo cair do seu olho direito...


sábado, 9 de abril de 2016

Livros que mudaram minha vida [Silvana]







Retomando a nossa série de postagens sobre os“ livros que mudaram a minha vida”. Hoje a GDP Silvana relata um pouquinho sobre os livros que mais marcaram sua vida de uma certa forma. Vamos lá?!



Desde criança gosto muito de ler, porém somente aos 14 anos surgiu o primeiro livro que realmente me marcou, foi a primeira vez que li o Pequeno Príncipe. Sabe aquele livro que te traz uma sensação deliciosamente boa? Então, foi ele. Eu estava entrando para um Grupo Jovens da Igreja e foi uma indicação da coordenadora do grupo, já que o tema daquele encontro era: “ Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Nunca mais vou me esquecer de como aquela história me mostrou como o amor pode ser tão simples e o mundo tão perfeito nas pequenas coisas.


Não tenho como não citar Orgulho e Preconceito, da minha amada escritora preferida Jane Austen (detalhe: é muito amor, isso mesmo!). Depois de ter assistido uma segunda vez o filme, há uns 4 anos (porque na primeira vez que eu assisti não dei a mínima para a história... acreditam nisso?!) percebi que estava apaixonada pela história, comprei o livro e foi a decisão mais assertiva na minha vida de leitora! Foi depois de OP que passei a ser uma viciada em romances, principalmente os históricos e clássicos, a partir dele que passei a amar literatura inglesa e também a buscar na internet outras pessoas que gostassem, resultado... o encontro épico das Garotas de Pemberley! Realmente mudou minha vida!!!



O último e o mais recente livro que marcou minha vida de um jeito muito especial foi Como eu era antes de você, da JojoMoyes. Depois que li na internet a notícia do lançamento do filme deste livro, decidi por lê-lo. Faz quase 3 meses que este incrível livro me tocou profundamente. Este é um daqueles livros que te deixa de ponta a cabeça, te vira pelo avesso, dá um tapa na sua cara e você acaba gamando nele?! (Meio perturbador!).Assim mesmo, perturbador, este livro mudou tantas visões que eu tinha sobre: amor, dor, perdão, escolhas, momentos, vida e morte.  Acho que por me entregar totalmente ao livro, me emocionei com a história e me coloquei como protagonista. Posso dizer com toda a sinceridade que eu realmente era outra Silvana antes dele (trocadilho com o título?).

Penso que livros são passagens para outros mundos interconectados no nosso próprio e que possuem grande poder de influência. Espero que como eu, vocês também encontrem livros que tragam alguma mensagem, que transformem, que marquem suas vidas de uma forma especial.

“Ao abrir um livro, vislumbro um horizonte, onde a vista vai muito além do ponto.”

Elan Klever

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A hora da estrela, Clarice Lispector



`A hora da estrela’, de Clarice Lispector, foi publicada em 1977 pela editora Rocco, e é considerado o romance mais famoso da escritora brasileira. Em 1985, o livro foi adaptado para o cinema pela diretora Suzana Amaral, e é uma boa pedida pra quem curte cinema nacional (tem Fernanda Montenegro no elenco!). 


Lispector é, sem dúvida, uma das escritoras mais citadas nas redes sociais (muitas vezes até erroneamente), mas quantos de nós já paramos para ler seus romances e contos? Acredito que a maioria só conheça alguns excertos descontextualizados e perdem a chance de ter acesso a uma literatura excelente.



Confesso que, apesar da admiração que tenho pela forma de escrever de Lispector, suas obras acabam comigo, uma vez que atingem os sentimentos mais profundos e contraditórios existentes. Em ‘A hora da estrela’ não podia ser diferente, nos deparamos com a personagem Macabéa, imigrante nordestina que sobrevive no Rio de Janeiro, e sua tediosa rotina. Por meio dos relatos do narrador fictício, podemos ter uma ideia do quão invisível e sozinha a personagem é, e, consequentemente, enxergamos também nossa fragilidade no mundo. 


Se você está esperando uma história fantástica, recheada de tramas e reviravoltas, sugiro que feche o livro. Aquilo que o narrador nos apresenta é um (triste) fragmento da vida como ela é. Nas palavras da autora, "a estória de uma moça, tão pobre que só comia cachorro quente. Mas a estória não é isso, é sobre uma inocência pisada, de uma miséria anônima." Minha sugestão, portanto, é a de que você se permita ser conduzido pela linguagem perfeitamente estruturada e que deixe as lágrimas caírem livremente. 



Um dos recursos literários utilizados na obra que deve ser observado é a metalinguagem (quando um autor escreve sobre o processo da escrita). O narrador, durante todo o livro, explica os motivos que o levaram a falar sobre Macabéa e discorre sobre o texto, como acontece em “É. Parece que estou mudando meu modo de escrever. Mas acontece que só escrevo o que quero, não sou um profissional - e preciso falar dessa nordestina senão sufoco. Ela me acusa e o meio de me defender é escrever sobre ela”.



Rodrigo S. M., o narrador, nos poupa de definir a obra (ainda bem!), pois ele mesmo o faz em “Juro que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro é uma pergunta.”. Por esta razão, mesmo que pareça faltar um ápice (a hora da estrela?), leia e se junte ao coro dos que não têm resposta, mas que não se cansam de perguntar.



Título: A Hora da Estrela
Autora: Clarice Lispector
Editora: Rocco
Páginas:88