sexta-feira, 28 de outubro de 2016

[Coisas pelas quais Jane Austen não passou] Deu Match! ♥

Hoje em dia a coisa mais comum de se ouvir falar é de Aplicativos e Sites que promovem [ou tentam promover] encontros e relacionamentos. Tinder, Happn, Adote um Cara, Pof, Badoo, e por aí vai. Existem diversas opções, para todos os gostos. Não, na verdade, nem todos. Será que Jane Austen seria uma adepta ao Tinder? Vamos recorrer aos seus livros para desvendar essa questão!


O livro mais popular de Austen é, como todos sabem, Orgulho e Preconceito. Nesse livro Jane Austen utilizou algumas características para montar seus personagens. Vamos a elas:

Elizabeth Bennet - garota do campo, segunda filha, não era a mais bonita, esperta, inteligente, sem habilidades especiais (do tipo costurar, pintar, bordar...), consciente das próprias possibilidades, observadora e seletiva. Com certeza uma mulher dessas não estaria em um aplicativo de relacionamentos!

Fitzwilliam Darcy - homem responsável, bonito, rico, inteligente, observador, discreto, importante, educado, orgulhoso (no sentido bom... ate certo ponto), seletivo, exigente. Um homem desses recorreria à aplicativos de relacionamento? Acho que não.

Lídia Bennet - 5681 matchs, 367 crushes... Lídia com certeza seria adepta e teria perfil em todos os aplicativos! 


Sabe, semana passada, quando falei das cartas, falei que certas coisas perdem muito quando são substituídas. Perderam a beleza, o capricho. E hoje os relacionamentos perderam muito com esses apps. O romantismo, a corte, a criatividade na hora da conquista, tudo foi substituído por um "coração" na tela!

Austen é mestre no quesito romantismo. São declarações lindas em seus livros, olhares, momentos marcantes, que numa era tecnológica seriam substituídos por um "Match"! O que não é nada justo! Imagine a cena clássica de Persuasão, quando o capitão Wentworth escreve aquela linda carta para Anne Elliot, sendo substituída por um match?! Ah não! Há limites!

A grande verdade é que nada nunca vai conseguir substituir aquela paquera do século XIX, a troca de olhares, os sorrisos discretos, a aflição da conquista, o medo de ser ou não correspondido, as cartas escritas para agradar, as visitas, os passeios românticos a parques, a ansiedade na hora de pedir a mão... Pouco a pouco tudo isso foi sendo substituído, e hoje encontros são marcados às cegas. O romance se perdeu quase por completo, para nossa tristeza [sim, coloquei todas vocês no mesmo saco que eu, pois quem ama Jane Austen sabe exatamente do que estou falando!]. Afinal, quem nunca sonhou com aquele cara trazendo flores? Ou te levando para jantar num restaurante romântico à luz de velas? Ou fazendo uma serenata? Um passeio ao fim de tarde na beira da praia? Uma declaração de amor à luz da lua?


A grande conclusão disso tudo é que Jane Austen ficaria muito decepcionada com a mania de match. Não tem nem como colocar isso em seus livros. Ia ser meio estranho e totalmente sem graça. E por falar em coisa estranha... semana que vem falaremos de algo extremamente estranho e desagradável. Vai imaginando aí o tema da próxima publicação da série Coisas pelas quais Jane Austen não passou!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Harry Potter e a câmara secreta


Titulo: Harry Potter e a câmara secreta
Titulo original:Harry Potter and the camber of secrets
Autor: J;K Rowling
Ano de Lançamento:1998
Editora: Rocco


Sinopse:
Os Dursley estavam tão anti-sociais naquele verão, que tudo o que Harry queria era voltar às aulas da Escola de Bruxarias de Hogwarts. No entanto, quando já terminava de fazer suas malas, Harry recebe um aviso de um estranho chamado Dobby, que diz que um desastre acontecerá caso Potter decida voltar à Hogwarts. Harry não liga para aquela mensagem e o desastre realmente acontece. Naquele segundo ano estudando em Hogwarts, novos horrores surgem para atormentar Harry, incluindo o novo professor Gilderoy Lockhart e um espírito chamado Moaning Myrtle, que assombra o banheiro feminino, além de olhares indesejados da irmã mais nova de Ron Weasley, Ginny. Todos esses problemas, no entanto, parecem menores quando o verdadeiro problema começa e algo transforma os alunos de Hogwarts em pedra. Dentre os suspeitos: o próprio Harry. Descubra o fim desta aventura emocionante.

Harry Potter e câmara secreta nos trás Harry em seu segundo ano na escola. repleto de aventura mistérios encanta o leitor logo no inicio. um dos personagens mais queridos da literatura, Dobby, nos é apresentado, encantando muitos leitores já no inicio. Novos colegas, novas magias.os professores, Nos faz querer ler cada vez mais rápido, envolvendo o leitor de forma profunda, nos apegamos  aos personagens.
Ao mesmo tempo torcemos, para que os personagens que estão sendo atacados, se recuperem, esperamos ansiosamente para que Harry, Rony e Hermione, consigam descobrir o que esta acontecendo em Hogwarts, consigam realizar uma poção mais complexa, que exige muito dos três ,
 
 Conheci a saga aos onze anos através dos filmes, na época não tinha uma boa biblioteca para ir, me apaixonei na hora, até hoje cada vez que da os filmes na televisão assisto, como se fosse a primeira vez, fui ler todos os livros juntos umas três semanas antes de lançar o último filme, devorei os sete livros em duas semanas, me emocionei lendo todos. Harry Potter marcou o fim da minha infância e toda minha adolescência, sempre que consigo estou lendo eles, mesmo que os anos passem, vou continuar me encantando com cada página lida. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Jackaby



Título Original: JackabyTítulo no Brasil: JackabyAutora: William RitterEditora: ÚnicaTradução: Alice KlesckPáginas: 256

Sinopse:Eu sou um homem de razão e da ciência. Acredito no que vejo e posso provar, e o que vejo geralmente é difícil para os outros compreenderem. Até onde eu descobri, tenho um dom ímpar. Isso me permite ver a verdade quando os outros só enxergam ilusão. E há muitas ilusões, muitas máscaras e fachadas. Como dizem, o mundo todo é um palco e parece que eu tenho a única poltrona da casa, com vista para os bastidores.” Abigail Rook deixou sua família na Inglaterra para encontrar uma vida mais empolgante além dos limites de seu lar. Entre caminhos e descaminhos, no gelado janeiro de 1892 ela desembarca na cidade de New Fiddleham. Tudo o que precisa é de um emprego de verdade, então, sua busca a leva diretamente para Jackaby, o estranho detetive que afirma ser capaz de identificar o sobrenatural. Contratada como assistente, em seu primeiro dia de trabalho Abigail se vê no meio de um caso emocionante: um serial killer está à solta na cidade. A polícia está convencida de que se trata de um vilão comum, contudo, para Jackaby, o assassino com certeza não é uma criatura humana. Será que Abigail conseguirá acompanhar os passos desse homem tão excêntrico? Ela finalmente encontrou a aventura com a qual tanto sonhara. 

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Jackaby foi um livro que me surpreendeu, não é qualquer livro de mistério que consegue me prender e me envolver, mas esse livro realmente me encantou. Quando vi na capa escrito: “Para fãs de Sherloock Homes e Doctor Who” na hora peguei o livro em mãos para ler a sinopse, que por sinal me deixou intrigada se o livro seria bom ou ruim, então comprei e confesso que foi uma das minhas melhores aquisições.


 William Ritter nos leva para o  século XIX, onde conhecemos Abigail Rook, uma jovem em busca de aventuras, sem dinheiro e onde ficar, ela  encontra uma oportunidade para trabalhar como assistente de uma detetive bem excêntrico. Jackaby não é qualquer investigador, ele pode ver coisas que mais ninguém pode e por isso nunca é levado a serio como gostaria, mas nem por isso deixa exercer sua profissão.

Com uma mistura perfeita de mistério e magia o livro te transporta para esse mundo e te faz viver cada página. A narrativa é muito gostosa e quando você vê já está no último capitulo. E o fato dos mistérios não serem “normais”, pois envolvem seres mágicos e inacreditáveis, é algo que deixa esse livro quase que único.

Um ponto que realmente adorei é a descrição e os detalhes que são  bem apresentados durante toda narrativa e o que deixa um entendimento bem maior da trama e ajuda a  transportar os mistérios para mais próximos do leitor, faz você querer juntar todas as pistas apresentadas até descobrir o verdadeiro culpado( acho que por isso a leitura acaba sendo bem rápida e gostosa, pois você quer saber mais e mais até o fim). Outro ponto que adorei foi capa e diagramação que também são perfeitas e bem pensadas, combinam em um todo (narrativa, capa e diagramação), realmente adorei todo o visual do livro.

 Estou mega ansiosa pela continuação dele, quero descobrir mais sobre o detetive e a vida de nossa narradora Abigail, e principalmente, desvendar mais mistérios.




sexta-feira, 21 de outubro de 2016

[Coisas pelas quais Jane Austen não passou] Visualizou e não respondeu!


Desde que o Whatsapp criou esta ferramenta representada acima, nossa vida virou um inferno. O mundo entrou em colapso. O caos instalou-se nos relacionamentos em geral. Pais e filhos, cônjuges, amigos, tios e sobrinhos. Não existe mais a liberdade de ignorar os outros. Não existe mais a possibilidade de inventar desculpas, do tipo "puxa, não vi sua mensagem". A nova ferramenta veio para nos obrigar a completar a comunicação, ainda que não queiramos. "Mas Michelle, isso é ruim?" Claro!
- Aquela sua tia que manda uma imagem com uma flor e um Bom Dia! todos os dias e você ignorava. Agora não pode mais!
- Aquele antigo crush que vem com um "Oi, sumida!" e você ignorava. Agora não pode mais!
- Aquela prima que te manda correntes do tipo "mande para todas as pessoas que você ama, quero receber de volta" e você ignorava. Agora não pode mais!
- Aquela mensagem da sua mãe mandando limpar o coco do cachorro do quintal e você ignorava. Agora não pode mais!

Mas é verdade. A tecnologia nos ajuda a melhorar e otimizar nossa comunicação. Imagine a sua vida dependendo de cartas, correios à cavalo ou mesmo empregados correndo com bilhetes na mão. É, bem complicado! Mas era assim que nossa querida Jane vivia! Vamos entender!


As cartas, por muito tempo, foram o único meio de comunicação no mundo. Enviar uma mensagem e esperar 15 dias, 1 mês para ter a resposta era algo muito comum - coisa que nós não podemos sequer imaginar! Jane viveu na era Georgiana (1714-1830), quando só havia esse meio de comunicação, e podemos perceber em seus escritos que era uma prática que ela gostava muito. Em seus livros temos a presença de cartas trocadas entre os personagens, e temos também romances epistolares, que são completamente compostos por cartas. 

Em sua vida também temos registros de que muitas cartas foram trocadas, em especial com sua irmã Cassandra. Infelizmente a maioria dessas cartas foi perdida - queimada - o que nos deixou uma lacuna gigante quanto à sua vida. Mas a grande verdade é que, por cartas, emails, telefone, sms ou skype, sempre queremos que nossas mensagens permaneçam privadas. e foi pra proteger essa privacidade que Cassandra queimou as cartas. Sabe lá qual segredo de Jane ela queria esconder né...

Mas onde quero chegar? Nos inconvenientes. Assim com o duplo-tique-azul do whatsapp causa inconvenientes diversos, as cartas também tinham seus pontos ruins, além da demora. Muitas cartas foram desviadas de seu destino e nunca chegaram - por diversos motivos, desde uma tempestade no caminho dos correios até a caligrafia ininteligível do remetente. Muitas cartas foram entregues no lugar errado - igual quando a gente printa uma conversa e manda pro grupo que não deveria, sabe?! E muitas cartas foram ignoradas, propositalmente ou não.

Carruagem de Mala-Postal Inglesa utilizada na carreira entre 1859 e 1864

No entanto, havia algo nas cartas que nenhum outro método conseguiu suplantar ate hoje: o capricho. 


Havia aulas de caligrafia, afinava-se as penas com muito cuidado, papéis de carta eram personalizados (e caros) e levavam o brasão da família, traçava-se linhas nas folhas pra ficar certinho, e a linguagem das cartas era, em geral, mais culta do que a oral, com mais floreios, palavras mais bonitas. O visual de uma carta era algo que tinha muita importância, e muitas vezes elas iam acompanhadas de flores, desenhos, ou outras cartas - que foram substituídas pelo famoso print! - ou mesmo eram perfumadas. Lindo né?!

Infelizmente, a carta foi perdendo importância. Desde a criação do telefone, do fax, do telegrama, o costume de enviar cartas foi caindo em desuso, mas o que veio pôr fim à troca de cartas foi o advento do e-mail. Até o século passado as cartas eram ainda um forte meio de comunicação com pessoas que estavam distantes, ainda encontramos um razoável número de cartas escrito por pessoas famosas dessa altura. A rapidez com que recebemos uma resposta e o rápido crescimento que a internet teve nos últimos anos da década de 90 foram os grandes responsáveis por tornar as cartas quase objetos de museu, e hoje, o Whatsapp tomou conta dessa parte quase totalmente.

Conversas fictícias.
Mas de tudo isso tiro uma conclusão: Feliz foi Jane Austen por ter vivido numa época distante dessas tecnologias, pois com Tinder e similares, as declarações românticas de seus livros iriam por água a baixo! E por falar em Tinder e declarações... não, hoje não, mas  falaremos sobre isso numa próxima publicação da série Coisas pelas quais Jane Austen não passou!



Minhas pesquisas:
http://janeaustenpt.blogs.sapo.pt/243792.html
http://www.jornalocasarao.com/2013/07/jane-austen-contexto-historico.html

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O Centauro no Jardim





Titulo: O Centauro No Jardim
Ano de Lançamento: 2004
Editora: Companhia das Letras
Autor: Moacyr Scliar


SinopseNo interior do Rio Grande do Sul, na pacata família Tratskovsky, nasce um centauro: um ser metade homem, metade cavalo. Seu nome é Guedali, quarto filho de um casal de imigrantes judeus russos. A partir desse evento fantástico, Moacyr Scliar constrói um romance que se situa entre a fábula e o realismo, evidenciando a dualidade da vida em sociedade, em que é preciso harmonizar individualismo e coletividade. A figura do centauro também ilustra a divisão étnica e religiosa dos judeus, um povo perseguido por sua singularidade.
Guedali cresce solitário, excluído da sociedade. Numa narrativa provocadora, ele rememora sua vida desde o nascimento em Quatro Irmãos, passando pela juventude em Porto Alegre, até chegar ao Marrocos.

O Centauro no jardim nos trás a história de Guedali, nascido um centauro no interior do Rio Grande do Sul. Desde criança Guedali passava por dificuldades, por não poder conviver com outras crianças, para não se expor. Junto com o personagem sentimos as mesmas dificuldades, em diversos momentos torcemos pra que ele consiga realizar seu objetivo.

Com as dificuldades que ele passa, estando em vários Locais como o circo sendo um personagem, sua primeira paixão, a busca na realização de se tornar humano ao lado de sua companheira, até a angustia pela cirurgia. O Livro prende leitor, é encantador.
Lembro a primeira vez que li, foi por obrigação para o vestibular, foi um dos, se não o que mais gostei na época, conhecia o autor das aulas de Literatura no Ensino médio, é um dos livros que mais gosto, sempre que posso volto a ler ele. Encantador para todas as idades, fascina desde o leitor mais jovem ao mais experiente na leitura.

Foto da Exposição o centauro do Bom Fim, realizada em Porto Alegre em 2014, foto da roupa da Academia Brasileira de Letras; Anotações originais do Escritor; Fotos e frases dele junto ao Juramento quando se Formou em Medicina, Sua coleção particular de Livros. 


terça-feira, 18 de outubro de 2016

[RESENHA] Dez formas de fazer um coração se derreter - Sarah MacLean


Título Original:
Título no Brasil: Dez formas de fazer um coração de derreter
Autora: Sarah MacLean
Editora: Arqueiro
Tradução: Fabiana Colasanti
Páginas: 352
Sinopse:Isabel Townsend não é exatamente o que se espera da filha de um conde. Apesar de ter a pele delicada e de saber se portar como uma dama quando necessário, a jovem também monta a cavalo, conserta telhados, administra a propriedade e cria o irmão caçula desde que a mãe faleceu – tudo isso sem despertar a menor suspeita de que não há um homem sequer para cuidar de sua família.

Para o pai dela, que só queria se divertir e gastar dinheiro em jogatinas, pouco importava o que ela fizesse. Porém, quando ele morre, Isabel se vê sem recursos e precisa defender os direitos do irmão, ameaçados pela chegada iminente de um tutor. Assim, não lhe resta saída senão vender sua coleção de estátuas de mármore, o único bem que herdou.

Para sorte sua, um especialista em antiguidades acaba de chegar ao condado. Inteligente e sensual, lorde Nicholas St. John é um solteiro convicto que deixou Londres para se livrar das jovens que passaram a persegui-lo desde que foi eleito um dos melhores partidos da cidade.

Em poucos dias, fica claro para Nick que Isabel é a mulher mais obstinada e misteriosa – além da mais interessante – que já cruzou seu caminho. Ao mesmo tempo, ao conhecê-lo melhor, a independente Isabel percebe que há homens em que vale a pena confiar. Enquanto eles põem de lado suas antigas convicções, seus corações se abrem para dar uma chance ao amor.


xxxx



Vou começar dizendo que, mais uma vez, Sarah MacLean merece cinco estrelas! Personagens incríveis, história cheia de nuances, diálogos inteligentes, e a narrativa... bem, falemos da narrativa. Simples, envolvente, com narrador ora observador ora onisciente, alternando entre os protagonistas.



"Isabel abriu a boca para retrucar, mas descobriu que não tinha nada a dizer. Que coisa mais frustrante. Nos romances, a heroína sempre tinha algo espirituoso a dizer. Só que ela não era nenhuma heroína."

O que mais gosto nas histórias de Sarah são suas personagens femininas. Com seu feminismo indiscreto, MacLean sempre cria mulheres fortes, inteligentes, independentes, ousadas, corajosas, trabalhadoras e ultimamente, fãs de roupas masculinas. Mas mesmo com tudo isso, não perdem sua essência feminina: a vaidade, a sensibilidade, o decoro, a ingenuidade, o que as coloca em situações engraçadas e incomuns.


"– Ela é incrível. Ela é tão forte, tão diferente de qualquer pessoa que eu já tenha conhecido... Quando ela acredita em alguma coisa, ou quando briga pelo que é dela... ela é uma rainha. Não tem nada a ver com as mulheres que conhecemos. Se algo precisa ser feito, ela faz. – Ele ergueu os olhos para Gabriel. – Na primeira vez em que a beijei, ela estava usando calças.
Um dos cantos da boca de Gabriel subiu em um sorriso. – Elas ficam interessantes de calças..."
E parece que os homens de Sarah gostam disso! Nick é o segundo St Jhon que se encanta pelas peculiaridades das damas incomuns de MacLean, numa série de dois livros, o que nos da 100% de aceitação! A autora sai do lugar comum dos bailes, clubes londrinos, ou mesmo das temporadas. Com nick, literalmente foge. E a história se desenvolve no interior da Inglaterra, depois de St Jhon ser "contratado" pelo Duque de Leighton afim de encontrar Georgiana, a irmã perdida do duque - que na verdade não está perdida, e sim fugitiva depois de descobrir sua gravidez. E tudo acontece no decorrer de 10 dias. Pode parecer pouco para um casal se conhecer, se apaixonar, casar, brigar, fazer as pazes... Talvez a autora tenha se inspirado em Jane Austen, quando esta diz "Não é o tempo nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição. Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que suficientes para outras.".

O primeiro livro da trilogia foi publicado [e resenhado aqui], e o próximo será publicado nos próximos meses sob o título "Onze leis a cumprir na hora de seduzir" (Juliana). Sarah MacLean possui outros livros publicados no Brasil, a premiada série pré vitoriana “O Clube dos Canalhas”, composta por quatro livros, que pertence ao catálogo da Editora Gutenberg. Uma curiosidade é que os acontecimentos de “O Clube dos Canalhas” estão ligados a “Os Números do Amor”, uma vez que as duas séries possuem personagens em comum.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

[Coisas pelas quais Jane Austen não passou] Senhora, cartão recusado!



Eis um constrangimento que todas nós já passamos em algum momento. Errar a senha é muito comum, trocar o cartão de débito e crédito e ter uma compra recusada, ou mesmo estourar nosso limite. Não é nenhum crime, eu mesma já passei por isso em várias ocasiões. O bom e velho dinheiro nunca falha nessas horas - a não ser que seja falso - e sempre podemos recorrer a ele em caso de recusa de cartão. Mas será que Jane Austen já passou por isso? Será que num desabafo ela poderia dizer "entendo, querida"? Não, com certeza não!


       Na época de Jane Austen, as compras eram feitas de modo diferente do que temos hoje. O dinheiro em circulação eram moedas, de ouro ou prata, cujos valores eram atribuídos de acordo com o metal e sua pureza e peso. Cada cidade tinha a sua moeda, que era aceita em todos os estabelecimentos daquele condado, mais ou menos como funciona entre países, onde cada um tem sua própria moeda cuja circulação só acontece dentro do mesmo. Sendo assim, Austen, e todas as outras mulheres de sua época, tinham suas carteiras, que nada mais eram do que pequenas bolsinhas onde guardavam suas moedas, cartões de visita, e o que mais quisessem.
       As mulheres eram as grandes responsáveis pelas compras, tanto no que diz respeito à manutenção domiciliar, quanto à roupas e acessórios. Escolher a roupa dos homens da casa era uma parte relativamente fácil. Uma das primeiras lojas no mundo a oferecer roupas prontas foi a nossa super conhecida C&A, que fundou sua primeira loja em 1841. Sendo assim, Jane Austen não comprava roupas prontas. Antes disso as compras eram feitas em lojas têxteis, que vendiam os tecidos, de acordo com o tipo, tamanho, cor e detalhes. A partir de então, os cortes eram levados às costureiras, modistas na época, ou estas eram chamadas em domicílio, tiravam as medidas, mostravam modelos, e eram incumbidas de costurar o vestido. Era um processo demorado, e os pedidos deveriam ser feitos com antecedência, caso o modelo fosse ser usado em ocasiões especiais. Em determinadas épocas do ano, como Natal ou feriados grandes, pedidos feitos "em cima da hora" não ficavam prontos, e isso com certeza dava muita dor de cabeça. E nessas horas, muitas moedas rolavam.

       Quanto a manutenção domiciliar, os utensílios de decoração geralmente eram comprados em grandes cidades, ou por pequenos comerciantes, que traziam dos grandes centros para as cidades pequenas. E as moedas entravam em ação mais uma vez. No entanto, as compras em mercados não eram feitas sempre assim.
       As compras pequenas eram feitas em mercearias. Mas as compras maiores, como grãos ou peças de carne, poderiam ser feitas durante o mês e acumulavam-se numa conta a ser paga mensalmente. O bem conhecido "fiado". Haviam também muitas trocas na época, mercadoria por mercadoria, o que trazia grande economia para pequenas propriedades. E a família Austen vivia nesse ínterim.

       As notas promissórias surgiram em 1694, mas eram usadas apenas pelos ricos que tinham grande quantidade de dinheiro à ponto de "servir" ao rei, em documentos assinados pelo próprio Rei. Isso porque na época o Estado recolheu o ouro disponível no país para financiar a guerra contra a França, e para isso, ressarciu os donos desse ouro com as Notas Promissórias. Em 1797 surgiram as primeiras notas de Libra, todas igualmente assinadas a mão pelo rei. Contudo, por morarem em uma cidade pequena, a família Austen continuou a usar suas boas e velhas moedas para seu livre comércio, ou a conta pendurada na mercearia!

       O Cartão de crédito, no entanto só veio muuuito depois, já no século XX. 
       O Cartão de Crédito, como conhecemos hoje, foi inventado em 1950. Isso devido a um "pequeno engano", onde um grande executivo e seus convidados esqueceram suas carteiras, e para pagar a conta no restaurante, tiveram de assinar um cartão de promessa de pagamento. Esse executivo, Frank MacNamara, teve a brilhante ideia de fazer cartões de compras, em papel, que eram aceitos em alguns restaurantes e hotéis. Surgia então o Diners Club, que passou a ser confeccionado em plástico a partir de 1955.

       Sendo assim, senhoras e senhores, Jane Austen NUNCA teve um cartão recusado na vida! Ela não participou desse mundo tecnológico que é o nosso. E por falar em tecnologia, falemos então do whatsapp da Jane Austen... mas não hoje! Em breve, numa próxima publicação da série Coisas pelas quais Jane Austen não passou!



Beijinhos
Mih *-*


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Jane Austen no cinema




Hoje, 13 de outubro, é comemorado o dia do escritor. E nada melhor do que esse dia para falarmos da nossa querida Jane Austen, não é mesmo? Todos nós que a adoramos sabemos que, apesar de sua criação literária não ser vasta, sua qualidade é inegável. Não é a toa que ela é considerada a maior escritora de língua inglesa de todos os tempos. Um fato interessante que podemos observar hoje, é que inúmeras obras já foram criadas a partir da produção literária austeniana. São livros, fanfics, filmes, contos, enfim, criações que inspiraram e inspiram seus fãs a criarem e recriarem histórias e personagens.

Várias de suas obras já foram adaptadas para o cinema, e tantos outros filmes que não levam o nome de adaptação, foram inspirados em seus livros e personagens. Há um universo para deleitar-se para quem é fã de Austen. Uma das adaptações mais famosas é a do livro Orgulho e Preconceito, de 2005, assinada pelo diretor Joe Wright. Quem nunca suspirou com Matthew Macfadyen interpretando Mr. Darcy?

Mas hoje vamos falar de outros três filmes, adaptações de outros livros da nossa querida escritora. O primeiro deles é do meu segundo livro preferido da Jane (Orgulho e Preconceito sempre vai ser o primeiro), Persuasão, de 2007. Dirigido por Adrian Shergold, o filme conta com Sally Hawkins, como Anne Elliot, e Rupert Penry-Jones (suspiros) como Capitão Wentworth.



Particularmente, eu gosto muito desse filme. Ele é literalmente uma viagem pelo romance da Jane. Há quem critique um pouco a escolha da atriz, pela sua falta de beleza, mas é exatamente assim que ela é descrita no romance. 

O filme mostra-se bem fiel ao livro (apesar de eu não considerar esse um requisito para uma boa adaptação), conta-nos exatamente os tormentos pelos quais passa o coração da nossa heroína Anne, que mostra-se bem resignada por não ter o amor de Wentworth, já que ela o recusou há oito anos. Mesmo conformada, ela sofre ao ver seu amado dispensar atenções às outras moças, preterindo-a sempre. Entretanto, Wentworth age mais por orgulho ferido, pois ele também nunca deixou de amar Anne. Bem, como sabemos que os romances austenianos sempre caminham para um final feliz, posso citar que Wentworth escreve uma carta a Anne (ahhh, as cartas....), confessando-lhe que sempre a amara. O final (tanto do livro quanto do filme) é encantador.



O segundo livro que falaremos é Emma. Quem não conhece, admira e adora a nossa cupido? Esse romance foi muito bem retratado em um filme homônimo, de 1996, dirigido por Douglas McGrath. No elenco temos Gwyneth Paltrow interpretando nossa protagonista e Ewan McGregor como Mr. Knightley. O casal de amigos convive durante toda a história. Mr. Knightley, mais velho que Emma, é sempre sua companhia, mas dá conselhos e broncas como ninguém quando acha que a amiga passa dos limites.



Ver esse filme é revisitar o romance. Tudo impecável, cenário, figurino, personagens... E muita intromissão de Emma na vida amorosa de seus amigos. Mas como sabemos, no final ela que acaba se apaixonando pelo seu melhor amigo. O filme ganhou o Oscar na categoria de melhor trilha sonora, que realmente é apaixonante.




O terceiro filme foi baseado em Mansfield Park, e tem o nome de Palácio das ilusões, de 1999, dirigido por Patricia Rozema. A nossa protagonista, Fanny Price, é interpretada por Frances O’Connor, e Edmund Bertram por Jonny Lee Miller. O filme é bem ambientado e produzido, o cenário é fascinante, propício para contar as desventuras de Fanny, desafortunada, desprezada, ninguém a entende, exceto Edmund, seu primo e melhor amigo. Ele a compreende como ninguém, e é o único refúgio de Fanny, que tão jovem se vê obrigada a morar num estranho palácio, cercada de pessoas que, apesar de preocupadas com sua criação e bem estar, pouco se lembram que ela é uma jovem com sentimentos.


Aos poucos Fanny se desenvolve, tornando-se tão inteligente e independente (conforme a época permitia), e torna-se nossa heroína. Uma coisa admirável em sua personalidade é a recusa constante de seu pretendente, Henry Crowford (Alessandro Nivola), mantendo-se fiel ao seu amor secreto pelo primo e melhor amigo. O filme retrata bem o romance, e tornou-se um dos meus preferidos.



Passear pelo universo criado a partir dos romances de Austen é sempre prazeroso, espero que assistam aos filmes e façam suas comparações com os livros, pois o bom leitor sempre terá elogios e críticas quando o assunto é: adaptação de nossos livros preferidos.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Meio Rei




Titulo Original: Half a King
Autor: Joe Abercrombie
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Tradução: Alves Calado 

Jurei vingar a morte do meu pai. Posso até ser meio homem, mas sou capaz de fazer um juramento por inteiro.

Filho caçula do rei Uthrik, Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem. 
Mas o que falta a Yarvi em força física lhe sobra em inteligência. Por isso ele estuda para ser ministro e, pelo resto da vida, curar e aconselhar. Ou pelo menos era o que ele pensava. 

Certa noite, o jovem recebe a notícia de que o pai e o irmão mais velho foram assassinados e não lhe resta escolha a não ser assumir o trono. De uma hora para outra, ele precisa endurecer para vingar as duas mortes. E logo sua jornada o lança numa saga de crueldade e amargura, traição e cinismo, em que as decisões de Yarvi determinarão o destino do reino e de todo o povo.

O livro nos leva a um universo de Reis; Príncipes; Magia e Elfos, fazendo o leitor se encantar com a história, o que no inicio parece uma história de Lutas e guerras, nos surpreende com uma determinação do protagonista Yarvi em não somente se provar, mas também fazer justiça pelo assassinato de sua família. O sofrimento que os personagens sofrem, no Vento Sul, no mar despedaçado durante sua jornada, nos faz torcer, para que Yarvi, um dia possa tentar retornar para casa e, tomar o que lhe é por direito, seu reino.

Uma jornada emocionante, de dor e sofrimento, que nos faz sentir como se fizéssemos parte da história, nos ensina que a amizade pode vir daqueles que menos esperamos, nos momentos mais difíceis de nossas vidas. Uma jornada de superação, que faz o leitor devorar com uma intensidade enorme a história.

Com um final surpreendente e emocionante o livro nos encanta e nos deixa ansiosos, pelo próximo volume da série, uma história incrível e emocionante, que vai ficar na memória do leitor por muito tempo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

[Coisas pelas quais Jane Austen não passou] Aaah... Vai borrar meu Rímel!

Preciso retocar o rímel...

       Aí nós caprichamos na produção: aquela blusa maravilhosa, aquele jeans que levanta o bumbum, cabelo sem um frizz sequer, e a make com aquele olhão marcado. Perfeito! E então o boy escolhe um lindo romance, completamente chorável, bem na estréia. Lá se vai meia hora de preparo no rímel em meio às lagrimas. Quem nunca? 
       Não adianta. Mesmo se não for pelas lágrimas, vai ser o batom que se vai depois da bebida (ou dos beijos?), o delineador naquele dia de calor de 50°C, ou a sombra quando você, acidentalmente, coça o seu olho e esquece que está produzida. Um dos momentos mais comuns na vida de toda mulher, por mais simples que seja a make. Eu por exemplo uso apenas lápis, rímel, blush e batom no dia a dia, e volta e meia estou em apuros. 

       Mas então, será que Jane Austen já passou por isso? Será que ela sentiu a angústia de perceber as lágrimas chegando e ela estar com aquela maquiagem bafônica? A resposta é única: Não! Vamos falar um pouquinho de maquiagem. 

       Mulheres são vaidosas desde que temos registro. É natural querermos nos sentir bonitas, e desde a Bíblia temos exemplos de mulheres que queriam se sentir mais belas do que seu natural. Temos registros da Idade Média retratando cosméticos elaborados, com cores diferentes e fórmulas bastante estranhas. Basta colocar o nome Cleópatra no seu buscador do Google que você vai encontrar uma mulher muito bem maquiada, com o rosto claro - nada comum para uma região como o Egito - e olhos bem marcados.
       No entanto, a maquiagem foi caindo em desuso, e entre a Idade Média e o final do século XIX deixou de ser utilizada. Somente as prostitutas e as mulheres de classe baixa se atreviam a usar cor em suas faces, enquanto que as de classes altas se orgulhavam de sua palidez, a ponto de usarem giz e clara de ovos para dar uma ajudinha. Foi apenas no início do século XX que a maquiagem começou a se tornar comum. No final de 1800 temos a fotografia sendo cada vez mais usada, e o uso da maquiagem se tornou algo habitual para esta época. Os espelhos se tornaram mais acessíveis e cada vez mais pessoas compravam um para suas casas. Enquanto estes dois pontos eram importantes, a chave para o uso habitual da maquiagem foram os filmes, bem mais tarde. Jane Austen veio bem antes disso tudo! 
       Mas o título fala do rímel. O rímel surgiu por volta de 1830, criado por Eugène Rimmel. Nossa diva morreu alguns anos antes, e podemos entender que ela não pôde experimentar esse invento [maravilhoso, por sinal!]. O cosmético "em alta" na época era o pó com base de giz, que deixava as mulheres de classes mais altas ainda mais branquinhas, regra áurea da aristocracia. Elizabeth I usava. 

       Aliás, vamos falar de Elizabeth? 
       Eis aí uma rainha que não poupava para estar bela. A filha bastarda que herdou o trono da Inglaterra queria ser lembrada como algo além de "bastarda", e escolheu para si a característica 'bela' e intocada. Muitos cosméticos foram feitos por farmacêuticos locais, conhecidos como boticários na Inglaterra, e ingredientes comuns incluíam mercúrio, chumbo e ácido nítrico, e há quem diga que sua careca e falta de dentes foi devido ao uso contínuo de tais substâncias - apesar de estudos afirmarem que o real motivo foi a varíola. Devido a isso, os cosméticos começaram a ser vistos como uma ameaça para a saúde na Inglaterra Elizabethana.

       Mas e Jane? 
       Bom, sabemos [ou vamos descobrir agora ;)] que o sr Austen era Pároco, religioso. Não eram uma família rica, e, não sei os outros, mas Jane não era muito dada a vaidades. Não seria de seu feitio ficar horas a frente do espelho se maquiando. Talvez um pouco de pó e algum blush - rouge!, que surgiu no século XVIII por Alexander Bourjois. Ou nem isso. Tapinhas e beliscos nas bochechas funcionavam muito bem a esse propósito, já que era um absurdo uma mulher ficar corada na frente de um homem. Mas Michelle, e se o homem em questão falar algo impróprio ou a elogiar? Ah, querido leitor, falaremos disso em breve, numa próxima publicação da série Coisas pelas quais Jane Austen não passou! 


http://historiadaestetica.com.br/blog/page2/2015/09/16/d9376a88-efe8-45db-9992-23738b77131d.aspx http://www.sobrebeleza.com/sobre-maquiagem/historia-da-maquiagem.html

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Mais que Uma Escolha

Título Original: Mais que Uma Escolha
Autora: Bruna Longobucco
Editora: Publicação Independente
Páginas: 221
Sinopse: Sara é filha de pais separados. A mãe, Maria, é uma mulher ambiciosa e sem escrúpulos. Seu pai, Almir, é um fazendeiro rico e tacanho. Não consegue lidar com a filha e a associa à ex-mulher, por quem sente profunda mágoa, o que forma um abismo entre eles. Por imposição da mãe, Sara de repente é forçada a largar a faculdade e a cidade onde vive para passar um tempo na fazenda do pai, no interior de Minas Gerais. E lá ela se envolve com Caio, o jovem administrador das terras com quem Almir tem uma forte ligação. Antes que a razão possa se manifestar, nasce ali um amor forte e incontrolável. Porém, uma série de enganos e contratempos acaba por separar o casal. O tempo passa. Sara se torna uma profissional realizada, tem um filho de 5 anos e muitas contas para acertar com o pai e o ex-marido. Quando conclui sua Residência em Medicina Veterinária ela decide que chegou a hora de enfrentar o passado e sua volta intempestiva vai surpreender a todos que vivem na Fazenda Fivela de Ouro. O que ela não sabe é que ainda existe alguém capaz de tudo para impedir que ela se aproxime de Caio. Mais que uma escolha é um romance envolvente e cheio de conflitos. Uma história de desencontros, suspense e paixão.

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Esse livro foi um dos que adquiri na Bienal esse ano e tive a grande honra de conversar com a autora que foi super simpática e me contou um pouco sobre a historia, é claro que fiquei curiosa e não pude deixar de comprar.

Adoro incentivar autores nacionais e ainda mais aqueles que valorizam o nosso país, alguns autores nacionais usam cenário de outros países o que as vezes não faz muito sentido, mas nesse livro conseguimos viajar para o estado de Minas Gerias, da até para sentir cheirinho de pão de queijo.

A trama não envolve somente o romance entre o peão e a mocinha da cidade filha do patrão, ela foca bastante em relacionamento familiar e em como um mal entendido pode mudar todo rumo da nossa historia.

A narrativa é super gostosa de ler e os personagens são super cativantes. Caio e Sara vivem um romance tão bonito e puro, mas que acaba sendo prejudicado pela inveja de varias pessoas a sua volta.

A historia começa com o prologo na adolescência de Sara, uma menina que ao meu ver é mimada e egoísta, e logo passa para o que seria a fase adulta dela. Aos poucos você vai desvendando o motivo da personalidade dela( Sara) ser assim e junto com cada página você consegue presenciar o crescimento dela como pessoa. Confesso que durante boa parte do livro eu não gostei da personagem, achava ela um pouco insuportável, mas fui descobrindo um lado melhor dela conforme o desenrolar da narrativa. Já Caio podemos dizer que é o perfeito herói, sensível, dedicado e extremamente apaixonado pela protagonista. A diferença entre a vida deles é bem grande e acompanhar como juntos eles superam cada obstaculo e, é claro, os vilões da historia é bem divertido e emocionante.

Vale muito a pena ler o livro, li ele em três dias. Para quem está procurando alguma coisa leve, gostosa de ler e cheia de reviravoltas é super indicado ler ele.





terça-feira, 4 de outubro de 2016

TOP Comentarista Especial

Senhoras e Senhores...

VOLTAMOS!!!!!!!!!! 


E voltamos com a corda toda!
Esse mês teremos uma edição especial do TOP Comentarista que vocês já conhecem, no entanto, fiquem atentos pois nem todas as postagens estarão concorrendo.


  • Apenas as postagens de JULHO, AGOSTO, SETEMBRO E OUTUBRO terão comentários válidos para a promoção;
  • Para que seu comentário seja válido, você precisa logar com o Disqus, que você pode sincronizar com a sua conta do facebook, por exemplo. Super fácil;
  • Você pode comentar quantas vezes quiser, mas o que vale é a quantidade de postagens que você comentou. Não adianta comentar 30 vezes numa única postagem, pois qualquer um que comentar uma vez em duas postagens vai ganhar de você;
  • Os comentários precisam ter conteúdo, e nós só consideraremos os comentários de quem realmente dedicou algum tempo lendo o post. Não nos enrolem, hein! Estamos de olho! Mr. Darcy é muito exigente, como vocês já sabem!
  • Aquela pessoa que comentar na maior quantidade de posts, leva o prêmio. Caso haja empate, sortearemos entre os maiores comentaristas.
E por falar em prêmio...
Dessa vez a Editora Arqueiro, nossa parceira, vai nos ajudar nessa parte. O livro prêmio será o lindo Quando o Amor Bater a Sua Porta, da Samantha Holtz.

Então, gostaram?
Corre pra comentar!
O resultado sai no dia 02 de novembro. Ate lá, boa sorte!

PS.: Aqueles que já ganharam prêmio nas outras edições do TOP Comentarista das Garotas de Pemberley: Hora de dar a vez pros amiguinhos! Quem já ganhou não vai ganhar dessa vez, ok?! Não fiquem tristes. Mas é que queremos dar presente para todos! :*