terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Ninfeias Negras

Título Original: Nymphéas Noirs
Título no Brasil: Ninfeias negras
Autor: Michel Bussi
Tradução: Fernanda Abreu
Editora: Arqueiro
Páginas: 340
Sinopse: Giverny é uma cidadezinha mundialmente conhecida, que atrai multidões de turistas todos os anos. Afinal, Claude Monet, um dos maiores nomes do Impressionismo, a imortalizou em seus quadros, com seus jardins, a ponte japonesa e as ninfeias no laguinho.
É nesse cenário que um respeitado médico é encontrado morto, e os investigadores encarregados do crime se veem enredados numa trama em que nada é o que parece à primeira vista. Como numa tela impressionista, as pinceladas da narrativa se confundem para, enfim, darem forma a uma história envolvente de morte e mistério em que cada personagem é um enigma à parte – principalmente as protagonistas.
Três mulheres intensas, ligadas pelo mistério. Uma menina prodígio de 11 anos que sonha ser uma grande pintora. A professora da única escola local, que deseja uma paixão verdadeira e vida nova, mas está presa num casamento sem amor. E, no centro de tudo, uma senhora idosa que observa o mundo do alto de sua janela.

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Ninfeias Negras é aquele tipo de livro que você não sabe se amou ou se odiou, em vários momentos me vi ficando com raiva de alguns dos personagens, com ódio de em uma página eu imaginar que um personagem seria o criminoso e na outra ter certeza que ele é inocento, mas também me vi amando o enredo e a forma como é desenvolvida a investigação.

Normalmente nos romances policias, para aqueles leitores mais atentos e detalhista, logo se consegue juntar as pistas e descobrir o verdadeiro culpado. Já em Ninfeias Negras isso é quase impossível de se descobrir, em cada dia da investigação ( como é separado os capítulos) uma nova pista faz mudar tudo que você tinha imaginado até então e por esse motivo você fica com vontade de ler mais e mais até conseguir desvendar o mistério envolvendo a morte de Morval e as obras de Monet.

A forma como Michel Bussi  desenvolveu a narrativa intercalando entre primeira e terceira pessoa deixou o livro muito mais envolvente e o que te leva também a achar em certos momentos meio confuso até que finalmente você consegue entender o que está realmente acontecendo.

Um ponto que me fez amar o livro é o local onde se passa a historia, a cidade de Giverny, os cenários encontrados nas obras de Monet tudo é descrito de uma forma tão encantadora que faz você realmente se imaginar vendo o lago das ninfeias, a casa de Monet e até mesmo as obras parece que estão diante de você só pela forma como são descritas. Também não posso esquecer de falar dos personagens que são tão reais e humanos, com seus problemas e seus próprios mistérios pessoais.


Para quem está buscando um livro inteligente e que te faça pensar muito, esse é o livro. Super recomendo para aqueles que gostam de romances policias e estão querendo ler algo diferente,apesar de em alguns momentos a narrativa parecer meio lenta o livro em si é maravilhoso e vale cada página. 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

[RESENHA] Pecados no Inverno - Lisa Kleypas

Sei que to em dívida com vocês, mas não irei mais me atrasar. Prometo. Agora sem mais delongas...​

Sinopse

Do quarteto de amigas, Evangeline Jenner é certamente a mais tímida. E se tornará a mais rica quando receber a herança de seu pai, acamado com tuberculose. Mas Evie não se importa com o dinheiro. Tudo o que deseja é estar ao lado do pai em seus últimos dias. 
Porém isso só será possível se ela puder escapar da casa dos tios que a criaram. E, para isso, sua única alternativa é casar-se – e rápido. Assim, ela foge no meio da noite para a casa do devasso lorde St. Vincent e lhe propõe casamento em troca de poder cuidar do pai. 
Para um aristocrata que precisa de dinheiro, essa é uma excelente proposta. Afinal, é difícil conquistar uma moça rica e solteira quando se tem a reputação de Sebastian – trinta segundos a sós com ele arruinariam o bom nome de qualquer donzela. 
Mas há uma condição na proposta de Evie: uma vez consumado o casamento, eles nunca mais dormirão juntos. Ela não será mais uma mulher descartada por ele com o coração partido. Se Sebastian realmente a deseja em sua cama, terá que se esforçar mais em sua sedução... ou entregar seu coração pela primeira vez na vida. 

Neste terceiro livro da série As Quatro Estações do Amor, Lisa Kleypas nos apresenta o relacionamento de duas pessoas muito diferentes, mas igualmente obstinadas. E dessa relação tão peculiar pode nascer um desejo impossível de conter e um sentimento forte demais para esconder. Quem disse que os cafajestes não podem amar?


A História

Pecados no inverno começa  imediatamente após os acontecimentos de Era uma vez no outono, carregando consigo os mesmos personagens, com apenas poucos acréscimos. Evangeline Jenner é filha única de sr Jenner, o dono de um dos maiores clubes para cavalheiros de Londres. Devido à impropriedade do ambiente, Evie foi impedida de manter um  relacionamento mais próximo com o pai, sendo enviada para que fosse criada pela tia avó materna. Ideia essa que foi concebida pelo próprio pai, crendo ser o melhor para a filha. No entanto, esse se provou o pior arranjo, quando sua amarga e velha tia se mostrou uma bruxa! Vou deixar os detalhes para a própria Kleypas contar pra vocês.
O fato é que chegou um momento em que a situação se tornou impraticável, e Evie se viu naquela situação do epílogo mortal do segundo livro da série! Após ressuscitar, percebi o quão lógica era a ideia de Evie, mas o fato de Sebastian St. Vincent ser o agraciado não me agradou de início. 
Após darem partida às pressas para Gretna Green, Sebastian começou a se mostrar digno de certa confiança, e a proximidade um com o outro  lhes mostrou que o amor estava muito mais próximo do que ambos imaginavam, e que não adiantava fugir, eles seriam pegos.
O casamento por puro interesse - dinheiro era o objetivo de Sebastian, liberdade era o objetivo de Evie - vira um elo poderoso, e a paixão chega sem que percebam. Evie tem batalhas a travar, e Sebastian toma sua posição de marido defensor e companheiro,  surpreendendo a ambos, e o amor nasce de uma fonte completamente improvável!

Os Personagens

Começando pela flor seca, Evangeline Jenner é um Amorzinho! Tímida, educada, gentil, sensível, honesta e leal, tem alguns charmes extras, como seu cabelo acobreado, sardas pelo rosto e uma gagueira que se mostrava bem severa, principalmente quando nervosa. Não era velha, nem deveria ser considerada uma solteirona, mas sua gagueira e timidez, somadas à sua terrível família, eram suficientes para afastar qualquer pretendente. No entanto, nesse livro Evie se descobre uma mulher forte e persistente, capaz de traçar planos e fazer valer seus desejos, mesmo que de maneira louca. Afinal, propôr casamento ao maior libertino de Londres, que tinha acabado de sequestrar uma de suas melhores amigas, não era nem de longe o esperado para Evie. Mas ela foi, de modo digno, encontrou seu caminho, cuidou do pai e conquistou seu lugar na sociedade e no coração do marido.
Quando a este, Sebastian St. Vincent sempre foi despreocupado. Gastava dinheiro como se viesse de uma fonte ilimitada. Mas seu pai também, e muito cedo o futuro Lorde se viu em problemas financeiros. Inicialmente decidiu usar sua aparência a seu favor: alto, forte, de expressões doces, olhos azuis... Seria fácil conquistar uma herdeira. Sua primeira "vítima" foi Lillian Bowman, mas não surtiu efeito, e acabou no meio do plano absurdo da Condessa Viúva, e sequestrou a moça. No final, ganhou apenas um olho roxo. Quando Evie chega em sua vida, Sebastian descobre um lado de si que ate então desconhecia. O homem organizado, capaz de pôr a não na massa, de gerir um negócio. Um jovem honrado, cuidadoso, leal, e apaixonado. Como não amar um homem desse??????
Mas também preciso falar de mais uma pessoa. Cam Rohan. Esse personagem é bem importante, não tanto para essa história em si, mas para o futuro. Ele terá uma participação constante na série Os Hathaway, também da Lisa Kleypas - que apesar de ter sido lançada no Brasil antes das Quatro Estações do Amor, possui história posterior, então seria uma boa ideia começar a ler pelas 4 Estações, como eu fiz.
Voltando ao personagem, Cam é um cigano que foi trabalhar muito jovem para Jenner no clube. Existem vários mistérios envolvendo sua historia, mas não importa para o livro presente. Cam sempre ajudou Jenner a tocar o negócio, e acaba se tornando o gerente do clube. Por ter conhecido Evie desde muito jovem, a considera uma irmã, e é capaz de protegê-la seja do que for. Inicialmente isso gerou crises de ciúme em Sebastian, mas depois ficou muito claro que o sentimento que nutria pela jovem era fraternal. Um cigano digno de confiança, e pra lá de atraente. Guarde esse nome!


A Leitura

Meu livro favorito da série. Não posso negar: adoro libertinos regenerados por mocinhas improváveis, e Evie era a moça mais improvável para regenerar ate mesmo um gato! Com diálogos inteligentes, situações inusitadas, personagens cativantes e uma surpresa a cada página, Pecados no Inverno é um livro capaz de prender até o menos romântico. Sim, eu sei, sou completamente suspeita pra julgar um romance de época, mas esse livro me surpreendeu desde antes de começar! A leitura fluiu tão rápido que eu nem percebi quando já estava acabando! Meu peito chega a inchar quando lembro! *-* [só um pouco exagerada, um pecado que pode ser facilmente perdoado!]


A Edição

Não é segredo para ninguém minha opinião a respeito das capas de romances de época da Editora Arqueiro. Essa série em especial está absurdamente linda. Mas para mim, esse livro tem um encanto extra: Eu amo o inverno, e meu sonho era ser ruiva, aí vem a editora e junta essas duas coisas numa mesma capa. Simplesmente amei. Quanto ao mais, o livro em si é de ótima qualidade, a diagramação é simples e bem feita e a revisão está nota 10!

A Série

As Quatro Estações do Amor, da autora Lisa Kleypas, começou a ser publicada pela Editora Arqueiro em 2015, com mais dois volumes em 2016, e o último mais recente em 2017. Composta pelos títulos Segredos de uma noite de Verão, Era uma vez no Outono, Pecados no Inverno e Escândalos na Primavera, a série vem contando a história das Flores Secas, Annabelle, Lillian, Daisy e Evangeline, as quatro solteironas que se unem a fim de arranjar maridos, quando nasce uma forte amizade.

Ah, e uma curiosidade interessante:
Apesar de ter sido lançada no Brasil depois, a história é atrelada aos acontecimentos dos Hathaways, mas as histórias se passam antes. Nos EUA, a série As Quatro Estações do Amor foi publicada antes dos Hathaways, portanto, é uma boa ideia começar pelo começo! Alguns personagens reaparecem na outra série, e isso me deixou louca pra ler - sim, eu li na ordem correta, e recomendo pra todo mundo!

Avaliação Geral


O que dizer sobre o romance que me fez perder o fôlego do início ao final, se tornou o meu favorito da série, e me deixou apaixonada [mais uma vez] pelo protagonista?
Que tal uma quote pra te convencer também?!

– Eu a quero mais do que já quis qualquer coisa neste mundo – falou Sebastian. – Diga-me o que posso fazer para tê-la.
– Nã-não há nada que você possa fazer. Eu ia querer que fosse fi-fiel a mim, e você nunca poderia ser.
– O que quer de mim? Que me desculpe por ser homem?
Perplexa com a pergunta, Evie olhou para ele. Sempre havia sido muito fácil para Sebastian conquistar mulheres. Ela ansiou por descobrir se o marido poderia passar a valorizá-la de outros modos além do físico.
– Se você se abstiver de mulheres durantes seis meses... dormiremos juntos.
– Isso é impossível. Sou Sebastian, Lorde St. Vincent. Não posso ser casto. Todos sabem disso.
Ele era tão arrogante e estava tão indignado que Evie teve de morder o lábio para não rir.
– Com certeza não lhe faria mal tentar.
– Ah, sim, faria!
– Três meses. Se for bem-sucedido, irei para a cama com você quantas vezes quiser.
Um longo momento de silêncio se passou.
– Onde está sua aliança? – perguntou Sebastian subitamente.
– Eu a tirei.
– Por que fez isso?
Ela procurou desajeitadamente em seu bolso.
– Está aqui. Eu a colocarei de volta se você quiser...
– Entregue-a para mim. Aceitarei sua aposta e a vencerei. Daqui a três meses porei isto de volta em seu dedo, a levarei para a cama e farei coisas com você que são proibidas no mundo civilizado.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Santa Clarita Diet: uma série a ser devorada


Santa Clarita Diet é uma série original da Netflix. Criada por Victor Fresco e estrelada por Drew Barrymore e Timothy Olyphant, teve sua estréia mundial no dia 3 de Fevereiro de 2017.


A série acompanha a vida de um casal muito unido que está junto desde a adolescência, Sheila (Drew Barrymore) e Joel (Timothy Olyphant), eles trabalham juntos como corretores, moram no subúrbio e têm uma filha já cursando o colegial. 


A dupla leva uma vida pacata e normal, até que Sheila começa a apresentar comportamentos estranhos, totalmente inversos à sua personalidade. 
Ela vomita uma espécie de bolinha vermelha e começa a sentir vontade de comer carne crua, posteriormente, se transformando em desejo por carne humana, além da perda de sinais vitais. A partir desse momento, a vida do casal vira de cabeça para baixo e eles se vêem obrigados a lidar com essa nova realidade.

Apesar de a série ser muito sangrenta e não poupar os espectadores de cenas de vômito, a história em si é contada de forma descontraída, sempre tendendo mais ao humor do que ao drama. Os diálogos, carregados de palavrões e referências sexuais, seguem uma linha de "verdade nua e crua" dispensando eufemismos.


Por ser leve e bem humorada, é uma série viciante.Você começa assistindo um ou dois episódios, mas quando se dá conta, está maratonando.


A Netflix só liberou a primeira temporada por enquanto, então só nos resta esperar que as temporadas seguintes sejam tão boas quanto a primeira. Deixo abaixo o trailer pra vocês sentirem o gostinho dessa dieta:








terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Meio Mundo

Ficha técnica
Titulo original: Half the World
Ano de Lançamento: 2017
Edição: 1
Autor: Joe Abercrombie
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Tradução: Alves Calado







Sinopse: 

Thorn Bathu não é uma garota comum. Mesmo tendo sido criada numa sociedade machista, ela vive para lutar e treina arduamente há anos.
Porém, após uma fatalidade, ela é declarada assassina pelo mesmo mestre de armas que deveria prepará-la para as batalhas. Para fugir à sentença de morte, Thorn se vê obrigada a participar de um esquema do ardiloso pai Yarvi, ministro de Gettland. Ao lado dela se encontra Brand, um guerreiro que odeia matar, mas encara a jornada como uma chance de sustentar a irmã e conquistar o respeito de seu povo. A missão dos dois é cruzar meio mundo a bordo de um navio e buscar aliados contra o Rei Supremo, que pretende subjugar todo o Mar Despedaçado. É uma viagem desafiadora, em que Brand precisa provar seu valor e Thorn fará o necessário para honrar a memória do pai e se tornar uma verdadeira guerreira.


Meio mundo prende o leitor desde o inicio, com personagens envolventes em suas características individuais, nos faz pensar sobre justiça e lealdade. Os personagens tem suas características marcantes, mesmo alguns sendo muito jovens ao longo da história se mostram verdadeiros guerreiros, capazes de fazer honra a suas promessas e a sua lealdade. 

Com magia, profecias, Ruínas elficas e muitos poderes, o leitor é levado por uma viagem além do mar despedaçado, conhecemos o mar dourado, a primeira cidade que é maior que Thorlby, acompanhamos os personagens em suas jornadas, em busca de provação, Thorn nos mostra que uma mulher pode ser uma guerreira sim,  que vale a pena lutar pelo que se acredita, mesmo, que no campo de batalha uma luta por muitas vezes não é justa. Os personagens se provam ao longo da jornada, em busca de alianças contra o Rei Supremo, pelo Pai  Paz, com o retorno de alguns personagens marcantes de meio rei , o livro nos surpreende cada vez mais com a descoberta do amor, com a mudança que diversos personagens sofrem ao longo da jornada.

Com um final marcantes alianças nunca antes imaginadas, o livro nos deixa ansiosos pela continuação Meia Guerra, para saber o que acontece com os personagens, será que eles vão conseguir honrar seus juramentos, proteger aqueles que amam. Só nos resta esperar ansiosamente o desfecho épico da Trilogia Mar Despedaçado.


domingo, 12 de fevereiro de 2017

[Resenha] Uma semana para se perder




Título Original: A weeked to be wicked
Título no Brasil: Uma semana para se perder
Série: Spindle Cove - 2
Autora: Tessa Dare
Editora: Gutenberg
Tradução: A.C. Reis 
Páginas: 288

Sinopse: “O que pode acontecer quando um canalha decide acompanhar uma mulher inteligente em uma viagem? A bela e inteligente geóloga Minerva Highwood, uma das solteiras convictas de Spindle Cove, precisa ir à Escócia para apresentar uma grande descoberta em um importante simpósio. Mas para que isso aconteça, ela precisará encontrar alguém que a leve. Colin Sandhurst Payne, o Lorde Payne, um libertino de primeira, quer estar em qualquer lugar – menos em Spindle Cove. Minerva decide, então, que ele é a pessoa ideal para embarcar com ela em sua aventura. Mas como uma mulher solteira poderia viajar acompanhada por um homem sem reputação? Esses parceiros improváveis têm uma semana para convencer suas famílias de que estão apaixonados, forjar uma fuga, correr de bandidos armados, sobreviver aos seus piores pesadelos e viajar 400 milhas sem se matar. Tudo isso dividindo uma pequena carruagem de dia e compartilhando uma cama menor ainda à noite. Mas durante essa conturbada convivência, Colin revela um caráter muito mais profundo que seu exterior jovial, e Minerva prova que a concha em que vive esconde uma bela e brilhante alma. Talvez uma semana seja tempo suficiente para encontrarem um mundo de problemas. Ou, quem sabe, um amor eterno.”

Em um primeiro momento, Minerva e Colin é um casal bem improvável, afinal são completos opostos. Quando essa pedra foi cantada ainda no primeiro livro, pensei: “Será?”. E Tessa Dare apresenta neste livro um trabalho impecável, ao escavar a personalidade dos personagens, mostrando facetas surpreendentes. Minerva é inteligente, espirituosa, responsável e dedicada a família Colin. é um libertino, mas também é sensível e vulnerável, devido a um trauma que carrega desde a infância. Assim como as moças do livro, ficamos tentadas a enchê-lo de carinho. 

Boa parte da ação do livro acontece durante a trajeto para a Escócia.O que era para ser uma viagem para tranquila vira uma grande aventura decorrente das histórias do Colin. São tantas situações hilariantes que ficamos chocados com a facilidade que o rapaz possui de criar enredos cheios de detalhes no improviso. Nada é premeditado. 

A relação entre o casal protagonista, inicialmente de gato e rato, vai se transformando à medida que se aproximam do destino final. Essa mudança é pautada tanto pela atração física quanto pela maneira que eles passam a se conhecer melhor com a convivência. E à medida que eles se apaixonam, também nos apaixonamos pelos personagens, e torcemos para que eles consigam atingir seus objetivos com a viagem. Uma noite para se perder é o meu preferido da série entre os que foram lançados no Brasil, e uma leitura divertida e apaixonante. 


(balada que Minerva canta durante o livro)


“Bem”, disse ele. “Certeza combina com você.”


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

[RESENHA] A Costureira - Kate Alcott

"ir atrás de uma oportunidade. Mantenha a cabeça erguida, não abaixada. Não se contente com segurança. Queira mais: você não será tola por tentar."


Sinopse

Uma jovem ambiciosa e uma estilista célebre sobrevivem ao maior naufrágio da História, mas são arrastadas pelo turbilhão de escândalos que se segue à tragédia. Tess Collins, uma jovem inglesa que sonha ser mais que uma empregada e ver reconhecido seu talento para a alta costura, consegue emprego com a famosa estilista lady Duff Gordon a bordo do Titanic, que ruma para os Estados Unidos. Porém, a viagem que se iniciou de forma tão auspiciosa acaba se tornando a maior tragédia marítima de todos os tempos. Tess e lady Duff sobrevivem, a primeira para viver as aflições do amor e as chances de ascensão social, a segunda para se ver envolvida nos escândalos do inquérito sobre o terrível desastre naval. Com um pano de fundo histórico, mas sob um ângulo inédito, este soberbo romance acompanha a trajetória dessas duas mulheres apaixonadas pela linha e agulha, tão parecidas e tão diferentes, deleitando-nos com um retrato emocionante de uma época conturbada e de uma sociedade dividida. 

A História

Consciente de seu talento com costura, Tess Colins decide embarcar para longe do mundo de servidão rumo ao novo mundo. O destino a colocou a bordo do maior navio do mundo, como empregada de Lady Lucile Gordon, uma das maiores estilistas de sua época. E um mundo começa a lhe abrir as portas, um brilho que até então desconhecia. Tess é apresentada a pessoas importantes e momentos surpreendentes, e quando parece que tudo vai dar certo, o desastre.
Lucille transferiu Tess da terceira para a primeira classe, o que lhe proporcionou uma maior chance quando o navio colidiu com o iceberg. Contra todas as expectativas, Tess consegue embarcar em um dos poucos botes, sem saber quem mais conseguiu escapar. Em meio ao medo e às incertezas, Tess teme estar sozinha de novo, mas quando o navio de resgate chega, se descobre novamente empregada de Lady Lucille. No entanto, algo está diferente, e a jovem percebe que um mistério envolve os acontecimentos no bote de sua patroa, e os boatos não demoram a começar.
Em Nova York, Tess alcança o tão esperado cargo de costureira no atelier de Lucille, mas com o inquérito instaurado sobre os acontecimentos do Titanic, outro desafio lhe é imposto: Tess precisa decidir se ficará do lado da patroa ou do lado do marinheiro de quem se aproxima mais a cada dia.
E quando tudo vem à tona, Tess não escolhe nem o lado de um nem o de ouro, mas o de si própria. Uma jornada de auto conhecimento a faz perceber o que realmente importa.


Os Personagens

Tess Colins é uma garota do interior que aprendeu a costurar com sua mãe, mas foi obrigada a servir como empregada desde nova. Nunca esqueceu os ensinamentos da mãe, e nunca desistiu de seus sonhos. Sabe que não será fácil, mas tem coragem e honra o bastante para correr atrás de seu destino.
Lady Lucille é uma mulher aparentemente inabalável. Muito rica, casou-se com um nobre que lhe proporcionou um status ainda maior. Decidida, orgulhosa, e muitas vezes arrogante e insensível, sabe aproveitar o que a vida lhe trás de bom, e reconhece em Tess seu talento. Uma patroa que confunde gratidão com lealdade, generosidade com suborno, e não conhece os limites de seu poder.
Muito importantes para a trama também temos Pink Wade, jornalista e repórter de prestígio do The New York Times, uma observadora perspicaz que se envolve além do que deve no inquérito do Titanic; Jim Bonney, um marinheiro que conhece Tess no navio e embarca no bote de Lucille, rapaz do interior, que também busca mudar de vida, correr atrás de seus sonhos sem nunca deixar de ser honesto e nobre, e se apaixona por Tess; e Jack Bremerton, um homem rico empresário das indústrias Ford (sim, essa mesmo!), que enfrenta problemas conjugais, atravessando seu segundo divórcio, mas tem um charme inegável, segurança, firmeza, inteligência, e também se apaixona por Tess.
Esses personagens interagem entre si, costurando uma incrível história sobre o que aconteceu depois do naufrágio mais famoso da história.



A Leitura

Surpreendente, sensível, profunda, cheia de reviravoltas, a leitura flui como o próprio Titanic no oceano, sem icebergs. A linguagem é simples, os diálogos são diretos, os personagens são reais e humanos. Qualquer um que esteja disposto a dar um par para Tess se delicia com a sensibilidade de Jack e a simplicidade de Jim. Chega a ser difícil escolher um (se bem que no lugar que Tess eu escolheria Jack)! 


A EDIÇÃO

Avaliar a edição de um eBook é novidade para mim. Mas posso começar pela capa: que arraso! Confesso que comprei pela capa e não me arrependo. Me surpreendi. Quanto à Ortografia, não tenho do que reclamar. Identifiquei um ou dois erros, mas nada que atrapalhasse a leitura. A Geração Editorial está de parabéns.
Já tive contato com a edição impressa, e posso atestar a qualidade também. Espero um dia adquiri-lo! 


Avaliação Geral

Com as palavras da própria autora: "Boa parte dos depoimentos contidos neste livro foi retirada da transcrição dos inquéritos realizados pelo Senado norte-americano após o naufrágio do Titanic. A estrutura básica da história é real: Lady Duff Gordon, uma estilista mundialmente famosa, escapou com seu marido e sua secretária em um bote salva-vidas; O senador William Alden Smith fez seu discurso final e emocionado no encerramento do inquérito do naufrágio do Titanic"; Sra Brown e o casal Dearling também são personagens reais, que foram também muito importantes para a trama.
Porque estou apontando isso? Porque saber que A Costureira mistura fatos com ficção me deixou muito mais tocada, e mais próxima aos personagens. Criar essa ligação foi uma grande sacada de Kate Alcott, e ela está realmente de parabéns. Mostrou um grande domínio sobre o assunto, demandando tempo para pesquisar e estudo, e depois uma grande sensibilidade para criar uma trama dentro da trama. Eu aprovo, e recomendo! Aos fãs de Titanic, mais uma oportunidade de entrar nesse grande navio; Aos fãs de um bom romance, esse está na medida certa!

Título Original: The Dressmaker
Título no Brasil: A Costureira
Autora: Kate Alcott
Editora: Geração Editorial
Tradução: Ana Carolina Mesquita
Páginas: 376






terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

[RESENHA] Depois de você - Jojo Moyes



Título original: After you
Título no Brasil: Depois de você
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 318





“Depois de você” é a sequência de “Como eu era antes de você”, que tanto agradou aos leitores. Eu costumo falar que este último é antes um drama que um romance. E não foi diferente com a sua sequência.

A história gira em torno da personagem Louisa Clark tentando se acostumar com a nova vida. Após uma temporada em Paris, ela decide voltar para a Inglaterra, e compra um apartamento em Londres com o dinheiro que Will lhe deixou. Começa a trabalhar num bar no aeroporto, e tenta levar uma vida normal, apesar de se sentir incomodada ainda com toda a situação pela qual passara.

Nesse tempo, Lou sofre um acidente e tem de mudar todos seus planos, passando meses na casa dos pais até se recuperar. A personagem se mostra muito mudada desde que foi embora da cidade a qual se vê obrigada a retornar. Incomodada com os comentários das pessoas sobre seu passado, Lou se torna mais introspectiva e pensativa sobre sua vida. Sua recuperação não tão fácil a faz pensar em Will, e em como ele se sentia.

Recuperada, volta a Londres, onde várias surpresas e acontecimentos a aguardam. Lou começa a frequentar um grupo de ajuda a pessoas de luto, no qual encontra oportunidade de continuar seu histórico de crescimento pessoal e superação. As personagens do grupo contribuem para deixar o livro mais envolvente e interessante, pois a vivência dos personagens agregam bastante valor à história.


Além disso, Lou é procurada por Lily, uma adolescente de dezesseis anos, que muda completamente o rumo da história. Revoltada com o desprezo da mãe, a jovem se mostra bem rebelde, mas Lou, ao ajudá-la, também aprende muito com ela. Nesse tempo Louisa se arrisca em um novo romance, e apesar de não se sentir pronta para tal, ela se surpreende com os novos sentimentos aos quais se vê envolvida.

Em “Depois de você”, Louisa Clark continua sua jornada de autoconhecimento e superação pessoal. Desde o começo da história é possível perceber o amadurecimento da personagem, o que, no final do livro se torna ainda mais sólido.

Depois de me emocionar consideravelmente nas páginas do primeiro livro, e, apesar de ansiosa com a continuação, não achava que seria uma história com o gabarito da primeira. Mas sem dúvida foi, talvez não tão eloquente quanto as primeiras vivências de Lou, mas uma história a altura da primeira, tão envolvente quanto.

Os dois romances focam no crescimento pessoal de Louisa Clark, e essa personagem vive intensamente, amando sua complicada família, aguentando os desmandos de um chefe muito chato, aprendendo com a experiência de um “talvez” novo namorado e lidando com as rebeldias de uma adolescente.

Igualmente em “Como eu era antes de você”, a leitura do livro é envolvente e flui bastante, o jeito atrapalhado e engraçado de Lou, e as mudanças e reviravoltas na história nos deixa curiosos para saber o que vai acontecer, além de o livro como um todo ser apaixonante. Tudo isso me fez amar a leitura, e querer conhecer mais sobre o universo de Jojo Moyes, autora que ganhou de vez o meu respeito e admiração.



sábado, 4 de fevereiro de 2017

[RESENHA] Era uma vez no outono - Lisa Kleypas

Sinopse

 A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa.

Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar.

Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?


A História

Lillian é o contrário de qualquer dama da sociedade londrina. Americana, chegou à Londres sem ter noção da quantidade de regras de decoro que deveria seguir, e decidiu ignorá-las. Divertida, excêntrica, sorridente, e com uma língua afiada, A filha mais velha dos Bowman desafiava qualquer um que entrasse em seu caminho e ousasse repreendê-la. E, é claro, levava a irmã pelo mesmo caminho, mesmo sendo infinitamente mais ousada que a caçula. Seu objetivo: tornar-se membro da aristocracia inglesa. Só não sabia que seria tão difícil, mesmo ostentando um enorme dote.

De todos os aristocratas que tinha em mente, o último da lista era Westcliff. Prepotente, orgulhoso e preconceituoso, o Conde, pertencente a uma das linhagens mais antigas de toda a Grã Bretanha, tinha muito mais defeitos do que qualidades aos olhos de Lillian. E podemos dizer que era recíproco. Marcus tinha um olho clínico na hora de escolher suas companhias, e o único motivo de continuar a convidar as Bowmans para sua residência era que as irmãs eram as melhores amigas da atual esposa do seu melhor amigo. Simon Hunt casou-se recentemente com Annabelle, e não teve como negar o pedido da jovem, convidando Lillian para uma temporada em sua casa de campo.

Sempre envolvidos em discussões a respeito de comportamento e decoro, Marcus e Lillian tinham repulsa um ao outro. Lillian era arrogante, dominadora e manipuladora. O que Marcus não percebia era que essas eram as mesmas características que Lillian atribuía a ele mesmo. Mas parece que Lillian é exatamente do que Marcus precisa para deixar de ser tão duro e correto, e Marcus parece ser aquele que tem total capacidade de entrar em seu coração. Claro que nenhum dos dois vai deixar que isso aconteça facilmente.

Quando Lillian decide jogar uma partida de Rounders com os empregados de Westcliff e o conde chega inesperadamente, parece que tudo para, ate mesmo o ar fica inerte. Mas, surpreendendo a todos, Marcus joga junto deles, mostrando um lado seu que absolutamente ninguém conhecia, e essa partida deixa o casal muito próximo, despertando em ambos um desejo inexplicável, que acaba com as barreiras dos dois. Esse desejo, aos poucos, transforma-se em paixão, e agora cabe a Westcliff decidir se irá abrir mão de tudo o que sempre acreditou ser necessário para uma condessa, ou se abrirá mão de Lillian para casar-se com uma humilde donzela inglesa perfeitamente moldada para o cargo. Lillian também deve olhar para dentro do seu coração e decidir se Marcus será realmente o marido ideal, e para sua surpresa descobre que sim.

Mas os obstáculos não se resumem apenas a si mesmos. O maior deles é a condessa viúva, mãe de Westcliff, que condena completamente tal união, e é capaz de mover céus e terra, possivelmente cometer um crime, para que o filho se case com uma mulher modelo, e mantenha a linhagem “pura”. Sim, um crime! (esse spoiler, querida, eu não vou te dar!)

Os Personagens

No segundo livro da Série As Quatro Estações do Amor, nós já conhecemos todos os personagens
envolvidos – ou quase. Os protagonistas, Lillian e Westcliff, nos foram apresentados no primeiro livro da série, mas agora vamos conhecê-los melhor.

Lillian pertence a uma rica família americana, dona de uma conhecida fábrica de sabão, que comercializa com a Inglaterra. A primogênita é geniosa, inteligente, forte, nada sensível. Possuidora de um espírito livre, não tem medo do que a sociedade possa pensar de si e de suas ações. Dona de uma língua ferina, ignorava qualquer regra que a sociedade londrina inventou para as damas, o que se tornou um grande empecilho para que arrumasse um marido aristocrata.

Marcus, conde de Westcliff, é um dos homens mais poderosos e influentes da Inglaterra. Criado numa família tradicional, é detentor do título desde a morte do pai. Bonito, rico, inteligente acima da média, guarda um pouco de orgulho característico de sua classe. Mas apesar de todo o tradicionalismo que o envolveu durante a infância e juventude, Marcus se tornou um homem bastante flexível, abrindo as portas para os americanos e se relacionando com a nova classe em ascensão na Inglaterra: a classe comercial e industrial.

Dos personagens, tamném muito importantes, que nos foram apresentados nesse segundo livro, temos a Condessa de Westcliff – que é o espelho do tradicionalismo em pessoa, e que será um grande (e perigoso) obstáculo para o romance que se desenrola, e Lorde St. Vincent – um libertino que está passando por problemas financeiros e precisa de uma herdeira. Se enganou quem pensa que a Temporada de Caça é apenas para mulheres!

O casal é incrível: leve, divertido, apaixonado e apaixonante. De cara percebemos que são perfeitos um para o outro, e a vontade de segura-los pelos ombros e balançar ate eles darem o braço a torcer é grande! Como qualquer casal, um aprende com o outro, e ambos se tornam melhores. Perfeitos!

A Leitura

Comecei a leitura imediatamente após o primeiro volume. Estava super ansiosa, e a Kleypas faz questão de sempre deixar claro os casais que pretende formar (pelo menos ate agora). Amei Segredos de uma noite de verão, amei as protagonistas e suas histórias, sua cumplicidade, e isso seguiu o livro 2.

A leitura, como eu já esperava, foi leve, surpreendente, empolgante, deliciosa. A história prendeu, me arrastou, me deixou mega ansiosa. Foi incrível. E o casal tem uma super química, não tem como torcer contra!


A Edição

A edição de Era uma vez no outono é maravilhosa. A diagramação é simples, o tamanho das letras é o ideal, e a revisão está ótima: não encontrei erros ortográficos nem de sintaxe. Quanto a capa, é apaixonante! A Editora Arqueiro possui um capricho na hora de selecionar as capas dos romances de época, e essa, como sempre, está maravilhosa!

A Série

As Quatro Estações do Amor, da autora Lisa Kleypas, começou a ser publicada pela Editora Arqueiro em 2015, com mais dois volumes em 2016, e o último mais recente em 2017. Composta pelos títulos Segredos de uma noite de Verão, Era uma vez no Outono, Pecados no Inverno e Escândalos na Primavera, a série vem contando a história das Flores Secas, Annabelle, Lillian, Daisy e Evangeline, as quatro solteironas que se unem a fim de arranjar maridos, quando nasce uma forte amizade.

Ah, e uma curiosidade interessante:
Apesar de ter sido lançada no Brasil depois, a história é atrelada aos acontecimentos dos Hathaways, mas as histórias se passam antes. Nos EUA, a série As Quatro Estações do Amor foi publicada antes dos Hathaways, portanto, é uma boa ideia começar pelo começo! Alguns personagens reaparecem na outra série, e isso me deixou louca pra ler - pois é, agora que comecei!


Avaliação Geral

Preciso ressaltar um detalhe: Lisa Kleypas é a rainha dos Epílogos! Nesse livro, em especial, ela quase me matou, literalmente! Ela introduziu o livro 3 no epílogo do dois de uma maneira tão surpreendente que me fez dar um salto, acelerar o coração e ficar uns 5 minutos olhando pra tela do leitor sem esboçar reação, e a reação depois disso foi explosiva – as garotas do blog que o digam, tiveram que me aturar em meu surto!

No geral, adorei o livro, a história, os personagens, o cenário, cada vez somos apresentados a novos cantinhos desse lugar maravilhoso que é Stony Cross – a residência de campo de Westcliff, onde se desenrola a maior parte da história [sim, a maior parte, porque tem uma parte que, meu Deus do céu] já que as cenas decisivas são fora da propriedade. Mais uma vez, Lisa Kleypas consegue sair do lugar comum e nos fazer se apaixonar e se embrenhar ainda mais em seu mundo. Recomendadíssimo!


Título no Brasil: Era uma vez no outono
Título Original: It happened one autumn
Série: As Quatro Estações do Amor
Volume 2
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Tradução: Maria Clara de Biase
Páginas: 288


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Battle Royale: porque Jogos Vorazes é para os fracos....

Oi gente!!Vamos falar sobre algo polêmico hoje? Não, não vamos falar de mamilos! Vamos falar sobre o livro Battle Royale aquele calhamaço de 664 páginas em que 42 alunos devem lutar até que só um sobreviva.....Parece familiar? Pois é meu povo e minha "pova" há uma clara semelhança com a trilogia queridinha da Garota de Pemberley Josana e de muitas pessoas ao redor desse planeta lindo e ovalado: Jogos Vorazes. Já que vocês conhecem o "concorrente" estado unidense (linkado na frase anterior) vamos falar sobre o "concorrente" japonês, ok?


Título Original: バトル・ロワイアル (Romanização: Batoru Rowaiaru)
Título no Brasil: Battle Royale
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Tradução: Jefferson José Teixeira
Páginas: 664
Ano: 1999
Sinopse: Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami sofreu uma grande decepção. O manuscrito de seu romance de estreia havia chegado à final do Japan Grand Prix Horror Novel, concurso literário voltado para a ficção de terror, mas acabou preterido. Não era para menos. Embora habituado a tramas assustadoras, o júri se alarmou com a história do jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República da Grande Ásia Oriental.
O livro, intitulado Battle Royale, só seria lançado em 1999, espalhando um rastro de polêmica – vendeu mais de 1 milhão de exemplares e foi comentado no Japão inteiro. A repercussão foi tão intensa que apenas um ano depois já eram lançadas as adaptações da história para o cinema e para os mangás – mais tarde, viriam sequências tanto na tela grande como nos quadrinhos. O filme, que tem no elenco o ator e cineasta cult Takeshi Kitano, chegou ao Brasil apenas em DVD, enquanto a série em mangá completa foi publicada aqui entre 2006 e 2011.
Para alento de quem assistiu ao filme, acompanhou os mangás ou não fez nada disso – mas adora ficção juvenil de primeira linha – a Globo Livros finalmente preenche a última lacuna: com tradução direta do japonês, assinada por Jefferson José Teixeira, o livro Battle Royale aporta nas livrarias brasileiras na condição de um dos lançamentos mais aguardados de 2014.
A ansiedade se explica pela duradoura permanência de Battle Royale sob os holofotes. Em 2009, ninguém menos do que Quentin Tarantino chegou a eleger o filme como o melhor que viu desde o início de sua carreira de cineasta. Mais recentemente, com o sucesso do blockbuster cinematográfico Jogos Vorazes, não faltaram leitores e espectadores do mundo todo acusando a norte-americana Suzanne Collins, autora do livro em que se baseou a produção de Hollywood, de ter plagiado a história de Koushun Takami.
Apesar de o ponto de partida ser exatamente o mesmo – jovens obrigados a se matar entre si como parte de um jogo –, a escritora alega que só veio a saber da existência da obra japonesa quando o primeiro Jogos Vorazes já estava no prelo. De sua parte, Takami, cordialmente, declarou que não pretende processar Collins, por acreditar que cada livro tem algo novo a oferecer. Independentemente disso, a questão tomou conta da internet, com milhares de páginas de fãs debatendo semelhanças e diferenças entre as obras.
Um ponto comum entre muitas das resenhas é o de que em Battle Royale o autor se aprofunda com mais vigor no desenho psicológico dos numerosos personagens – a turma de estudantes tem 42 pessoas –, trazendo à tona informações sobre a história de cada um como forma de explicar seu comportamento e suas reações diante dos perigos do jogo pela sobrevivência. Na batalha de todos contra todos, há os que enlouquecem, os que se revoltam, os que extravasam os piores instintos, os que buscam se alienar – e até os que assumem com prazer a missão de eliminar pessoas que horas antes eram colegas de classe. Nesse ambiente, o fio do suspense se mantém esticado o tempo todo: é possível confiar em alguém? Do que um ser humano é capaz quando toda forma de violência passa a ser incentivada?
Eu sei, eu sei....A sinopse ficou meu grande,mas foi necessário!

Bem, como vocês puderam perceber Battle Royale é uma distopia que se passa em um estado totalitário chamado República da Grande Ásia Oriental, que, a cada ano, escolhe uma turma de nono ano do ensino fundamental e coloca os 42 alunos que conviveram e fizeram parte da mesma turma, em sua grande maioria, a vida toda para lutarem até a morte. Já pensou? Ter que lutar com seu/sua melhor amigo(a) ou com seu namoradinho de escola? Pois foi isso que Koushun Takami imaginou e colocou no papel. Além disso, no livro acompanhamos os jogos de forma integral já que de tempos em tempos Koushun muda o foco narrativo e apresenta o ponto de vista dos 42 alunos e temos acesso à histórias de vida desses adolescentes.

Como vocês puderam ler na sinopse além de uma versão em livro Battle Royale também pode ser encontrado em filme (assim como Jogos Vorazes) e em mangá, então quem não estiver disposto a ler o livro pode ter uma ideia do que se trata pelas outras duas mídias, mas lembrem-se: as adaptações acabam deixando coisas importantes escaparem e apesar de o livro ser grosso eu consegui ler em uma semana.

Vamos falar sobre as diferenças e semelhança de Battle Royale e Jogos Vorazes? Por favor, sem jogar pedras nem colocar o nome dessa Garota de Pemberley na boca do sapo, ok?

Semelhanças:
-Se passa em um estado totalitário;
-Temos adolescentes em uma ilha se de gladiando até sobrar apenas 1.

Diferenças:
-Os jogos em Battle Royale não são televisionados;
-Tem uma duração menor que os Jogos Vorazes;
-Ocorre um sorteio de turma e não de pessoas individualmente;
-Todo o resto.

Viu? Não são tantas semelhanças assim não é mesmo? Sim, que lê o plot das duas histórias em um primeiro momento pode sim achar que Jogos Vorazes se trata de uma cópia (digo que ele é a cópia já que Battle Royale foi publicado muito antes de Jogos Vorazes) e como o próprio Koushun Takami disse que todos os dois livros tem algo a oferecer! O importante é a diversão de embarcar em um novo mundo!

Agora, se você me perguntar qual o meu preferido tenho que confessar que é o calhamaço japonês, já que, além de mudar o foco narrativo e desenvolver muito melhor os personagens Koushun ainda teve o cuidado de desenvolver o lado político da história. Um desafio para quem resolve ler essas 664 páginas sangrentas é conseguir gravar o nome dos personagens e as características de cada um, mas acredite, é um ótimo exercício para a memória!

Meu conselho para os fãs das duas histórias? Se amem! e leiam as duas histórias antes de tirarem qualquer conclusão, combinado?



Bem por hoje é só!
Beijos
Deborah Mello