terça-feira, 18 de abril de 2017

[Resenha]: A Soma de todos os Beijos

Título Original: The Sum of all Kisses
Título no Brasil: A Soma de todos os Beijos
Série: Quarteto Smythe-Smith
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Tradução: Ana Rodrigues e Maria Clara de Biase
Páginas: 272

Sinopse: "Um brilhante matemático pode controlar tudo…
A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.
Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida…
Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo.
Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras."

Meu clichê favorito em romances de época é o do casal que fica se alfinetando até que o sentimento fala mais alto, como em Um Visconde que me Amava (Julia Quinn), Uma Semana para se Perder (Tessa Dare) e Manhã de Núpcias (Lisa Kleypas) - os três resenhados aqui no blog. Para quem também gosta, A Soma de todos os Beijos é um prato cheio pois os diálogos entre Sarah Pleinsworth e Hugh Prentice são deliciosos.

Sarah e Hugh são bem diferentes. Ela tem um temperamento expansivo, beirando ao dramático e diz tudo o que pensa. Já Hugh prefere os números e é mais contido nas duas declarações. Sarah vem de uma grande família amorosa, afinal ela é uma Smythe-Smith. Hugh não teve a mesma sorte, e sua família é bem disfuncional. Porém os dois são extremamente leais à aqueles que amam.

Para quem já leu a série até aqui, ou está acompanhando as resenhas, sabe que, mesmo tranquilo, Hugh Prentice protagonizou uma confusão infernal com Daniel Smythe-Smith, que terminou com um ferimento quase fatal na perna de Hugh e o exílio forçado de Daniel. Porém, quando ficou melhor, Hugh fez de tudo para convencer o pai a desistir da vingança, e foi atrás do amigo para avisá-lo que poderia voltar. Mas nada disso é o suficiente para Sarah não deixar de culpá-lo por todos os problemas da família, inclusive a sua solteirice e permanência no quarteto.

O livro começa alguns meses depois do final de Uma Noite como Esta, nas vésperas de dois acontecimentos que irão forçar a convivência entre os dois, levando assim a muitas discussões espirituosas e descobertas surpreendentes, que só poderiam resultar em romance muito gostoso de acompanhar.

E a essa mistura é acrescentada um trio hilário de caçulas, a composição de uma peça teatral, debates filosóficos quanto a existência de unicórnios e um vilão digno de Miss Butterworth e o Barão Louco, o resultado não poderia ser outro: um livro engraçado, romântico e dramático na medida certa.

“Hugh cantarolou o ritmo e conduziu Sarah com uma leve pressão nas costas, movendo a bengala sempre que era hora de se virarem. Ele não dançava fazia quase quatro anos. E essa noite... estava sendo mágica. Jamais poderia lhe agradecer o suficiente por isso, por restaurar um pedaço de sua alma. Foi a valsa mais estranha e desajeitada que se poderia imaginar, mas também foi o momento mais perfeito da vida dele.”